Coritiba disposto a vencer jogo de hoje no Mineirão

O Coritiba entra em campo hoje, às 16h, no Mineirão, com o firme propósito de vencer o Atlético Mineiro, uma das grandes sensações deste campeonato brasileiro.

A diferença do posicionamento do Coxa e do Galo na tabela – 19.º e 2.º, respectivamente, dão ao combate ares bíblicos. Quem não conhece a história de Davi, que tendo a fé como aliada derrubou o gigante Golias?

No embate de hoje, mais uma vez a confiança vai ser fundamental para o triunfo. Aliás, a palavra confiança foi uma das mais faladas durante a semana no CT da Graciosa. Especialmente nas declarações do experiente zagueiro Edinho Baiano, que volta à equipe após praticamente dois meses fora de combate. “Estou um pouco ansioso, mas recobrei a confiança. Depois de ficar tanto tempo fora, a confiança é o principal ingrediente para alcançar o sucesso”, diz Edinho.

O retorno do zagueiro foi muito comemorado pelo time, a começar pelo técnico Paulo Afonso Bonamigo. “Em um jogo dessa importância, a experiência do Edinho vai ajudar a dar tranquilidade à equipe. É muito bom poder contar com ele”, comemorou o treinador. Entre os atletas, não é diferente. “É muito bom ter o Edinho jogando do lado. Ele é passa muita tranquilidade e ajuda o tempo todo no posicionamento”, diz o zagueiro Danilo.

O segredo do sucesso de Edinho Baiano, no entanto, passa longe ao rótulo de “xerifão”. Apesar de ter muita moral no grupo, o jogador garante que a conquistou devido à sua personalidade. “Não sou aquele tipo de jogador que grita, dá bronca e estoura fácil. Acho que conversando é que a gente se entende”.

E foi justamente com muita conversa que o técnico Bonamigo orientou a equipe para a partida contra o Galo. As mudanças na equipe acontecem na zaga – Edinho entra na vaga de Fabrício e Willians substitui o suspenso Reginaldo Nascimento – mas o treinador alterou também a ordem de marcação devido ao poder ofensivo do adversário. “Todo o mundo vai ter que marcar e com muita atenção. Qualquer descuido pode ser fatal”, reconhece o treinador. Os jogadores considerados mais perigosos do time adversário são os atacante Alessandro e Guilherme e o meia Alexandre, que defendeu o Coritiba em 2000 e já foi pretendido em outras oportunidades pelo Alviverde. “Não podemos esquecer da qualidade do Lucio Flávio, especialmente na bola parada”, diz Bonamigo, referindo-se a outro ex-atleta do Coxa.

Foi justamente para ter mais pegada no time que o atacante Lima foi mantido, deixando o titular Edu Sales, que poderia voltar após cumprir suspensão, no banco. “É uma opção tática. O Edu fica como arma para o decorrer da partida”. No entanto, apesar de exigir força na marcação, o treinador garante que à ordem é partir para cima do Galo. “Não tem essa história de achar um empate bom. Nas atuais circunstâncias, temos que recuperar os pontos perdidos”, diz o treinador, que viu sua equipe conquistar a primeira vitória na competição apenas na última rodada, contra o Figueirense.

Conselho entrega as faixas do título invicto

O Coritiba promoveu na quinta-fiera, no Bufet Ilha do Mehl, um jantar comemorativo para a entrega das faixas de campeão paranaense de 2003 a todos os conselheiros do clube. O presidente da Copel, Paulo Pimentel, também foi agraciado com uma faixa.

O evento foi prestigiado por pouco mais de cem conselheiros, que relembraram juntos a conquista invicta do Aliverde. Um dos momentos mais emocionantes foi quando a conselheira Elenita Yasni Santos da Silva recebeu do presidente do Conselho Deliberativo, Omar Ackel, a sua faixa. Elenita, escrivã da 14.ª Vara Civel e artista plástica, foi a primeira conselheira na história do Coritiba. Atualmente, outras poucas mulheres dividem a função para o mandato que termina no próximo ano.

Nos próximos dias, será a vez de jogadores e comissão técnica receberem as suas faixas. Inicialmente, seria feito um amistoso internacional para a entrega. No entanto, a falta de datas desmotivou a diretoria. “Vamos promover um jantar em homenagem aos atletas e comissão técnica”, informou o conselheiro Homero Halilla.

A comemoração de anteontem só não foi perfeita devido a um mal-estar criado após um comentário, em tom de brincadeira, do presidente Giovani Gionédis. O dirigente afirmou que antes de poder confeccionar as faixas, teve de saldar uma dívida referente às faixas comemorativas do título de 99, época da gestão de João Jacob Mehl. O representante do ex-presidente, Durval Monteiro, se irritou e travou um bate-boca com Gionédis. No entanto, a turma do “deixa disso” acalmou os ânimos.

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