Coritiba desafia a Ponte para se manter na ponta

Não adianta. Mesmo que o Coritiba tenha tranqüilidade na tabela, toda partida é um desafio pela permanência entre os primeiros colocados no campeonato brasileiro. E vencer a Ponte Preta, hoje, às 16h, no estádio Moisés Lucarelli, é mais um daqueles grandes passos rumo a uma das vagas na Taça Libertadores da América – que pode ser a redenção moral e financeira do clube. Por isso que todos no Alto da Glória tomam a partida desta tarde como decisiva.

Nesta semana, enquanto comemorava as vitórias sobre Fluminense e Corinthians, a diretoria coxa recebia más notícias. A sexta foi particularmente ?trágica?: a transferência de Liédson para o Dínamo de Kiev foi suspensa, e com isso os 830 mil dólares que o Cori receberia ficaram pelo caminho; e o projeto Coritiba S/A recebeu um duríssimo golpe, ao ter os pedidos de emissão de ações e abertura de capital vetados pela Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

Em uma conta rápida e otimista, o Cori faturaria nesses dois negócios aproximadamente doze milhões de reais. É um dinheiro nada desprezível, e que complica o orçamento alviverde para a temporada. Muito por isso, o presidente Giovani Gionédis reuniu-se com o elenco na sexta. “Tem coisas que precisam ser ditas pelo presidente do clube”, afirma o secretário coxa Domingos Moro, que também participou da reunião.

Com esse cenário, a presença na Libertadores de 2004 vira a principal tábua de salvação do Coritiba. É a possibilidade de disputar a competição continental que anima os jogadores a manter a boa campanha. “Nós temos esse objetivo, que é chegar à Libertadores. Vamos fazer o máximo para conseguir”, confirma o zagueiro Danilo, um dos destaques da equipe nos últimos jogos.

E um bom resultado em Campinas é importante, ainda mais com os líderes Cruzeiro e São Paulo ameaçando se desgarrar dos adversários. “Nos últimos jogos, vencemos e conseguimos nos manter entre os primeiros. Acabou aquela história de subir várias posições, mas a regularidade é fundamental. Se perdermos um jogo, todo mundo se aproxima”, teoriza o zagueiro-volante Reginaldo Nascimento.

Para a partida, o técnico Paulo Bonamigo não conta com Jackson (lesionado) e Roberto Brum (suspenso). Com isso, entra Willians no meio campo – e, de resto, mantém-se a mesma equipe que venceu os dois últimos jogos. “Precisamos ter muita atenção, porque jogar em Campinas não é fácil. Seremos pressionados, e por isso temos que atuar com inteligência e ousadia, se quisermos voltar com três pontos”, resume o técnico alviverde.