O Coritiba não conseguiu ainda colocar em campo o chamado “time ideal”. Na verdade, este só atuou dez minutos no campeonato brasileiro, na partida contra o São Caetano, quando Aristizábal se lesionou. De lá para cá, outros se machucaram, alguns foram suspensos e Luís Mário e Danilo foram embora (antes, Igor tinha ido para o Juventude). Mas, na partida de hoje, às 20h30, contra o Paysandu, o técnico Antônio Lopes terá talvez o momento mais complicado para montar uma equipe. Ele pode ficar sem doze jogadores.
Neste número, estão incluídos atletas como o uruguaio Esmerode, que jogou apenas uma partida e não há nenhuma tendência dele ser reaproveitado. Também estão Adriano e André Nunes, que estão em outras competições: o lateral com a seleção brasileira na Copa América; o centroavante com o time júnior na Copa Tribuna. A conta se completa caso Jucemar, que torceu o tornozelo no coletivo de ontem (ver matéria), fique mesmo de fora.
Mas o grosso da lista é formado por atletas descartados ou lesionados (para fechar, Luís Carlos Capixaba, que está suspenso). Tesser e Alexandre Fávaro estão mais perto do Londrina que do Coritiba. E Rodrigo Batata, Aristizábal, Pepo e Josafá estão em tratamento médico ou recuperação física. Batatinha, para completar, está acertando com o Puebla, do México.
Com isso, o elenco de 34 jogadores se restringe brutalmente. Mas o técnico Antônio Lopes diz que o fato é normal no Brasileiro. “É difícil você contar com todo mundo. Mas o elenco do Coritiba é forte, e a gente sempre tem peças de reposição de qualidade”, comenta o Delegado. “A prova do nosso bom momento é que todos os jovens que estão entrando se saem bem. Veja o Rafinha, que entrou e não saiu mais. Isso prova a força do grupo”, completa o volante Roberto Brum.
E o momento de comprovar a boa fase é vencendo o Paysandu. “Nós tivemos maus resultados contra o Corinthians e o Juventude, mas desde a intertemporada nós melhoramos muito nosso rendimento. Estamos jogando bem”, diz Antônio Lopes. “Quando perdemos, foi pelos nossos descuidos. Se fizermos a nossa parte, ainda mais em casa, temos todas as condições de vencer”, afirma o armador Cléber.
E a necessidade de vencer em casa é grande, já que o rendimento alviverde no Couto Pereira (38%) é pior que o longe de Curitiba (41%). “Não podemos mais perder pontos jogando em casa. Estamos atuando bem fora, vencemos adversários importantes, e agora é o hora de mostrar nossa qualidade no Couto Pereira”, diz Cléber. “Vamos vencer de qualquer jeito”, finaliza Roberto Brum.
Jucemar vira problema
Já preocupado com a ausência de tantos jogadores, Antônio Lopes quase foi à loucura no coletivo de ontem. Na única oportunidade de contar com o time que enfrenta o Paysandu, ele ganhou mais uma dúvida. Alvo de uma entrada desastrada de Tiago Soler, Jucemar torceu o tornozelo e é o principal problema alviverde para esta noite.
Já era certo que Rafinha seria o armador pela direita, com Jucemar, um dos melhores em campo no jogo contra o Vasco, sendo mantido na lateral. Mas, em uma subida para o ataque, ele acabou sendo atingido por Soler. Lopes ficou exasperado, e reclamou muito do zagueiro – em uma situação semelhante, o treinador barrou e depois afastou Roberto Brum do elenco.
“Se ele não tiver esse problema, com certeza vai estar em campo”, comenta o médico Walmir Sampaio. Caso isso aconteça, Rafinha volta à lateral e Juninho vai ser o primeiro volante, com Roberto Brum e Ataliba jogando mais livres.
CAMPEONATO BRASILEIRO
16ª Rodada
Horário: 20h30
Árbitro: Jamir Carlos Garcez (DF)
Assistentes: Marrubson Melo Freitas (DF) e Roberto Gomes da Silva (DF)
Tempo: Nublado com chuva fraca e pouco vento.
Temperatura na hora do jogo: média de 9ºC.
Coritiba x Paysandu
Coritiba
Fernando; Rafinha, Miranda, Reginaldo Nascimento e Ricardo; Juninho (Jucemar), Ataliba, Roberto Brum e Cléber; Tuta e Alemão. Técnico: Antônio Lopes
Paysandu
Paulo Musse, Carabina, Júlio Santos, Alex Pinho, Luis Fernando (Alonso); Sandro, Bebeto Campos, Jóbson e Hernani; Leonardo e Vinícius. Técnico: Givanildo Oliveira