Coritiba atento às falhas de Paranaguá

O Coritiba venceu, é verdade. Mas os jogadores e a comissão técnica foram sintéticos ao resumir o bom resultado frente ao Rio Branco: o melhor da partida foi o 1×0. E todos confessam que o time não rendeu bem na partida de quarta, e que é necessário melhorar para o clássico de domingo, às 16h, contra o Paraná Clube. E, apesar da má fase do rival, ninguém fala em favoritismo.

O técnico Antônio Lopes deixou bem claro que o Cori não fez o que devia no Fernando Charub Farah. "Eu avisei a eles que precisávamos resolver a partida. Não poderíamos perder chances de marcar como perdemos no primeiro tempo", admite o Delegado. "Nós temos que falar que o mais interessante realmente foi a vitória, porque tivemos algumas falhas que não podemos mais repetir", completa Reginaldo Nascimento.

Os erros de conclusão foram os principais problemas do Cori, mas não foram os únicos. O maior deles talvez seja a possível previsibilidade do esquema com três armadores. "A gente acabou parando na marcação do Rio Branco. Os adversários estão vendo as nossas partidas e adaptando o esquema deles pelo nosso. Com isso, fica mais complicado de a gente achar espaço para jogar", reconhece o volante Reginaldo Vital, um dos melhores do Cori na quarta.

Sobre o clássico, ninguém aceitou o favoritismo, dado pela crítica após as vitórias do Cori (o time vem de uma seqüência de três resultados positivos) e a crise no Paraná. "Não temos que pensar desta maneira. O jogo vai ser muito complicado, e nós vamos ter que nos esforçar muito para conseguir a vitória. É um clássico, e nosso espírito será o de encarar o jogo como o mais importante da temporada", filosofa Luís Carlos.

E, para os jogadores, os jogos complicados contra Adap, Roma, Cianorte e Rio Branco serviram de boa preparação para enfrentar o tricolor. "Todos os times estão jogando tudo contra o Coritiba. E isto é natural", resume Antônio Lopes. "Veja o caso do Rio Branco: eles jogam duro, fazem uma marcação muito pesada, mas têm um time qualificado e que correu muito. Sabíamos que seria um jogo difícil, como todos do campeonato paranaense", completa o Delegado.

Problema

O Cori já tem um desfalque certo para o jogo com o Paraná. O zagueiro Flávio sofreu um entorse de joelho e passou ontem por um exame para avaliar a gravidade da lesão no ligamento colateral medial. "Quando o Flávio saiu do jogo, já dava para perceber que era uma lesão no ligamento. Os primeiros exames comprovaram isto, e agora vamos aprofundar a avaliação para saber qual o tratamento a ser feito", explica o médico Lúcio Ernlund, chefe do DM alviverde. Flávio fica fora no mínimo por 25 dias, e neste período (a começar do clássico) Vágner será o titular.

Rubens Júnior assina hoje

Ficou para hoje. O lateral-esquerdo Rubens Júnior chegou apenas no final da tarde de ontem a Curitiba, e assina esta manhã contrato com o Coxa, depois de passar pelos exames médicos de praxe. Se tudo que a diretoria alviverde espera der certo, ele será apresentado esta tarde (às 15h15), no CT da Graciosa. E se ele vem mesmo, Caio nem apareceu para treinar e já foi para o Flamengo.

A diretoria dera ao meio-campista a autorização para treinar à parte no CT coxa enquanto buscava seus direitos na Justiça – e, quando conseguisse, acertaria com o Cori. Só que uma manobra do Ituano mudou a história: o Flamengo, através do técnico Cuca, pediu a contratação de Caio e do volante Ricardo Lopes, e o negócio foi fechado rapidamente. O armador, que iria hoje pela primeira vez à Graciosa, nem deu as caras.

Enquanto isso, a diretoria esperava por Rubens Júnior. O lateral, que viria no vôo das 11h, acabou não conseguindo embarcar, e só saiu pela tarde. Ele era aguardado pelo vice-presidente coxa André Ribeiro, que confirmou ainda ontem que só faltava a assinatura do contrato – já que ele não veio na hora esperada, a negociação continuou por telefone. Daí a tranqüilidade dos dirigentes alviverdes em confirmarem a chegada, a assinatura do vínculo e os exames médicos.

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