Corinthians tenta vantagem para evitar atrito

São Paulo – Ganhar bem para evitar uma guerra na Argentina. Este é o pensamento do Corinthians no duelo de hoje, diante do Lanús, no jogo de ida das oitavas-de-final da Copa Sul-Americana, às 22h, no Morumbi.

O técnico Emerson Leão ainda não tirou da memória as cenas de vandalismo e a surra covarde que levou no estádio do rival, em 1997, quando dirigia o Atlético-MG.

Sua vingança será eliminar o adversário e, se possível, com belo espetáculo de futebol.

?Jamais vou esquecer aquele momento desagradável que passei, porém, não vou incentivar atritos?, garante Leão. ?Desde atleta, aprendi a competir contra argentinos e se tiver de ser (com briga), será. Quem me conhece, sabe que correr eu não vou.?

Provocação

Leão realmente não pensa em briga. Sabe que sua equipe sempre entra no jogo de provocação dos argentinos e acaba perdendo. Hoje, tentará mudar este triste retrospecto. ?Detesto terminar jogo com menos de 11 jogadores?, avisa o treinador.

Ele chega a tirar a importância da competição para evitar clima hostil. ?A Sul-Americana não é a prioridade. A meta é sair da zona perigosa do Brasileiro (16.º colocado)?, enfatiza Leão, com um adendo que acaba com sua postura defensiva em relação ao torneio. ?Queremos vencer.

E bem, se possível marcando os gols rápidos?, abre o jogo.

O deslize do treinador também seria desmascarado pelo zagueiro Betão. ?Nossa meta é vencer por um bom placar, para jogar com tranqüilidade na Argentina?, revela o capitão corintiano, sem saber do plano quase perfeito de despiste de Leão.

Contra um adversário rápido, jovem, a arma corintiana será apostar nas bolas paradas e, acredite, numa das especialidades dos argentinos: o jogo aéreo. Amoroso, Rafael Moura, Marinho e Betão formarão o poder de fogo pelo alto. Carlos Alberto, Roger e os laterais aparecerão como surpresas.

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