Corinthians descarta Rincón

Faz dois anos que o volante colombiano Rincón não entra em campo para uma partida oficial de futebol. Nesse período, chegou a ter quase 100 quilos – 10 acima de seu peso ideal. Mesmo fora de forma, seu nome foi muito comentado ontem no Parque São Jorge e em Extrema (MG), onde o time faz pré-temporada. Os rumores de que seria contratado fez a diretoria agir rápido. “Não existe nenhuma negociação para que o Rincón volte ao Corinthians. Trata-se de uma especulação. O nome dele nem foi comentado pelos dirigentes do clube”, esclareceu o assessor de imprensa Luciano Signorini. O gerente de futebol, Edvar Simões, repetiu o discurso: “Rincón no Corinthians? Não existe nada em relação a isso. É especulação.”

Ao desmentir o boato, a diretoria corintiana frustrou um sonho do próprio jogador. Foi Rincón que se ofereceu ao clube. O sinal de que gostaria de retornar ao Parque São Jorge foi dado pelo volante na festa de apresentação do campeonato paulista deste ano, na semana passada, no bairro de Moema.

Ao vetar o retorno do volante, a diretoria corintiana mostrou que não esqueceu os episódios que ocorreram durante a permanência de Rincón no clube. A imagem de profissional exemplar de Rincón ficou arranhada depois que ele ameaçou não entrar em campo para disputar a final do mundial da Fifa, contra o Vasco, no Maracanã, em janeiro de 2000, caso os dirigentes não lhe dessem uma compensação financeira. Mais: Rincón exigia receber em dólares e não em reais, como a diretoria queria lhe pagar. O jogador acabou transferindo-se para o Santos depois de uma longa batalha judicial. No clube da Baixada, mais problemas. Saiu da Vila Belmiro reclamando que o clube lhe devia dinheiro. Afirma até hoje que Marcelo Teixeira, presidente do clube, não lhe pagou o que deve.

No Cruzeiro, seu próximo clube, a relação também não foi nada amistosa. Além de contratar o colombiano, Zezé Perrella, presidente do Cruzeiro, trouxe o atacante Edmundo. A convivência entre ambos foi péssima. Pior ainda foi o convívio de Rincón com o técnico Marco Aurélio. A separação veio mais rápido do que o esperado.

No ano passado, Rincón chegou a uma academia nos Jardins freqüentada por artistas e esportistas -, barrigudo e bochechudo. Em dois meses, malhando duas horas por dia, perdeu os 10 quilos de excesso. Na época, disse que tinha mágoa de Oswaldo de Oliveira, técnico do São Paulo. “O Oswaldo prometeu que assim que assinasse com o São Paulo me levaria com ele. Liguei várias vezes para ele depois que assumiu e não respondeu às minhas ligações. Pensei que podia confiar nele. Me decepcionou.”

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