Copa Libertadores começa com polêmicas e briga

São Paulo (AE) – Estádios acanhados, gramados péssimos, torcidas violentas e altitudes quase desumanas. Teve de tudo na primeira semana da fase de grupos da Copa Libertadores da América, que começou bem para os times brasileiros. O principal torneio de clubes do continente iniciou sua edição de 2007 com as marcas que o caracterizavam nos anos 60. Todos os jogos são transmitidos ao vivo pela televisão, mas fora isso pouca coisa mudou.

Entre os brasileiros, Flamengo e Grêmio sofreram na estréia. O time do Rio teve que jogar em Potosí, a quase 4 mil metros de altitude. Por causa da falta de ar, vários jogadores recorreram a tubos de oxigênio na beira do gramado. Quem também arrancou empate nas alturas foi o favorito Boca Juniors, que empatou por 0x0 com o Bolívar, nos 3.600 metros de La Paz.

Já o Grêmio foi até Assunção e venceu o Cerro Porteño por 1×0. Mas em vez de jogar no tradicional Defensores del Chaco, o Cerro levou o jogo para o acanhado e perigoso Estádio La Olla (Caldeirão, em português), localizado num dos bairros mais violentos da capital paraguaia. O resultado não poderia ser outro: o time gaúcho teve o ônibus apedrejado e o árbitro argentino Héctor Baldassi interrompeu o duelo quatro minutos antes do fim por ?falta de segurança?. Na sexta-feira à noite, a Conmebol confirmou a vitória do time brasileiro.

Embora tenham recorrido a esses expedientes, os times que jogaram em casa se deram mal na primeira rodada. Dos oito jogos já realizados, em apenas um o time mandante venceu: o Defensor Sporting, do Uruguai, bateu o Gimnasia La Plata, da Argentina, por 3×0, no Estádio Centenário. No mais, cinco empates e duas vitórias dos visitantes.

O Santos, que estréia na fase de grupos contra o Deportivo Pasto da Colômbia, também passou maus bocados para eliminar o Blooming, da Bolívia. Não pelo futebol do adversário, já que o time brasileiro ganhou por 6×0 no placar agregado, mas pela violência. ?Nunca tinha apanhado tanto num jogo?, reclamou Zé Roberto, após a primeira partida, disputada em Santa Cruz de La Sierra. Na tentativa de parar o meia brasileiro, o Blooming escalou um garoto de 14 anos, Diego Suárez, que bateu como gente grande.

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