Copa BR de tiro paraolímpico

Entre hoje e sexta-feira, a cidade de São Paulo recebe a primeira edição da Copa Brasil de Tiro Paraolímpico. A competição acontece no stand de tiro da Associação Desportiva Durval Guimarães-ADDG e terá provas nas categorias pistola de ar, carabina de ar e por equipe. Mais de 20 atiradores brasileiros estão inscritos para a Copa, que tem como objetivo principal traçar o ranking nacional dos atletas.

O tiro é uma das modalidades que estão em desenvolvimento no País e, para ajudar na disseminação do esporte, o Comitê Paraolímpico Brasileiro (CPB) vem investindo em ações que possam estruturar esta prática esportiva. Desde 2001 o Comitê realiza Clínicas de Tiro. Depois das sete edições deste curso o crescimento da modalidade é visível. Atualmente são 30 os atiradores em atividade no Brasil, a maioria são ex-polícias que foram atingidos em serviço. Um dos estados que mais investiu na reabilitação dos policiais foi o Mato Grosso do Sul, que já dá assistência para treinamentos e transporte a 15 atiradores.

Outra ação que vale ser citada é a assinatura do convênio entre o CPB e a Confederação Brasileira de Tiro Esportivo-CBTE. Esta parceria é uma das iniciativas do Comitê para o desenvolvimento quantitativo e qualitativo da modalidade no País e viabiliza a participação dos atiradores portadores de deficiências nos eventos da CBTE já no próximo ano.

Modalidade

Na competição o atirador tem direito a fazer 60 tiros em 1h45m em distâncias que variam de dez a cinquenta metros. O alvo possui dez círculos concêntricos, cada um com 0,7mm. O círculo mais externo vale um ponto e assim por diante até o miolo, que vale dez. Para conquistar vaga na Paraolimpíada o atirador precisa obter dois MQS (pontuação mínima que é de 545 pontos). Para se ter uma idéia da dificuldade, para obter o MQS os atletas têm que acertar no mínimo 50 tiros no centro do alvo.

A melhor participação do Brasil foi no Aberto de Tiro que aconteceu este ano na Holanda. Três atletas, Carlos Strub, Cillas Viana e Walter Calixto conquistaram a medalha de bronze por equipe, mas não obtiveram o MQS mínimo para os Jogos. O CPB irá pleitear vagas para a modalidade junto ao Comitê Paraolímpico Internacional (IPC), mas não é garantido que em Atenas teremos atiradores, porém com toda a atenção que o CPB está dando para o esporte, há esperança de que os brasileiros vão a Pequim/2008.

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