SÃO PAULO, SP (UOL/FOLHAPRESS) – A França deverá ser o primeiro grande aliado do Reino Unido a furar o boicote diplomático à Copa do Mundo na Rússia, proposto por Londres. O Palais de l’Élysée, sede do governo francês, confirmou que o presidente Emmanuel Macron vai viajar a São Petersburgo para acompanhar in loco o duelo contra a Bélgica, na próxima terça-feira (10).

continua após a publicidade

Macron já havia estado em São Petersburgo em maio, quando disse que retornaria à Rússia se a França se classificasse para as semifinais e, na sequência, para a final. Na terça, ele fará um bate-volta para São Petersburgo, sem previsão de reuniões diplomáticas, segundo o Élysée.

Ainda em março, a primeira-ministra do Reino Unido, Theresa May, avisou que nenhum membro da família real britânica ou do governo iriam à Rússia por ocasião da Copa, numa resposta ao envenenamento do ex-espião russo Sergei Skripal —o governo britânico culpa os russos, que negam qualquer relação com o caso.

Depois de Londres, outros países seguiram o mesmo caminho, como Islândia, Austrália, Dinamarca, que deixaram claro que a decisão de não enviar governantes à Rússia tratava-se de um boicote. Outros aliados do Reino Unido também ajudaram a esvaziar a cerimônia de abertura da Copa, que não contou com líderes de países da Europa Ocidental.

continua após a publicidade

Ainda assim, passaram pela Rússia membros das famílias reais de diversos países alinhados com Londres, como o rei da Bélgica, Philippe, que acompanhou o jogo contra a Tunísia, e o rei da Espanha, Felipe VI, que viu seu time ser eliminado pela Rússia.