Copa 2018

Fifa elogia árbitro de vídeo e diz que cada consulta leva 38 seg

O uso do VAR (árbitro assistente de vídeo) não tem causado impacto relevante na fluência dos jogos da Copa.

Segundo dados divulgados pela Fifa nesta sexta (29), ao fim das 48 partidas da fase de grupos, apenas 38 segundos em média por jogo foram perdidos para verificação de lances com o auxílio da tecnologia. Isso representa 1,5% dos 39 minutos e 50 segundos em que a bola não está rolando, também em média por jogo.

Uma revisão total do VAR dura, em média, 1 minuto e 20 segundos, mas, muitas vezes, a bola segue rolando até a decisão de ir ao monitor.

Ainda de acordo com a Fifa, as partidas do Mundial da Rússia têm durado 96 minutos e 35 segundos, com um aumento no tempo de acréscimo em relação à Copa disputada no Brasil, em 2014, quando foi de 5 minutos e 19 segundos, incluída aí a pausa para hidratação. A maior paralisação tem se dado por causa de faltas: uma média de 8 minutos e 16 segundos.

Na Copa da Rússia, houve na fase de grupos um total de 1.294 faltas, número inferior ao do Mundial de 2014, no Brasil, quando as primeiras 48 partidas produziram um total de 1.380 faltas.

“Temos visto que [o VAR] não quebrou o ritmo de jogo com muitas intervenções. Tem seguido o fluxo normalmente. O tempo perdido não é grande”, afirmou o ex-árbitro e atual presidente da Comissão de Arbitragem da Fifa, o italiano Pierluigi Collina.

A entidade também se diz satisfeita com o uso da tecnologia e afirmou que até o momento 335 lances e incidentes durante os jogos foram revisados na central localizada em Moscou. Nisso estão inclusos todos os 122 gols já anotados.

“Até o momento estamos muito felizes com a atuação dos árbitros”, disse o ex-árbitro Massimo Busacca, diretor da Comissão de Arbitragem.

Entre os 335 incidentes revistos, mas que não entram na conta do uso efetivo do VAR, estão as mãos de Zuber nas costas de Miranda no gol que resultou no empate em 1 a 1 entre Suíça e Brasil, na primeira rodada. Nesta sexta, a Fifa liberou o áudio da comunicação entre as pessoas na sala do VAR e o árbitro mexicano César Ramos. Na comunicação, é explicado ao árbitro em campo que não houve falta de Zuber e por isso a jogada não deveria ser revista.

O italiano Paolo Valeri era o assistente de vídeo. Ele fala em “contato, muito, muito leve” e depois que não houve falta.

“No futebol, nem todo contato é falta. Um contato não significa falta. Talvez em outros esportes sim, mas não no futebol”, disse Colina.

Ele explicou também o fato de só liberar agora o áudio, e não logo após a partida, como queria a CBF. “Pediram-nos o áudio, mas durante a competição não é adequado discutir os incidentes. Por isso esperamos o fim dos 48 jogos e a pausa, quando tudo recomeça de novo”, explicou o italiano. “A resposta que damos agora é bem clara e justa com a CBF.” O briefing desta sexta-feira foi a primeira vez que a Fifa falou sobre o uso do VAR desde o início da Copa e também demonstrou o uso da tecnologia em outros lances.

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