Copa 2018

Chefe na Fifa e na Uefa, ex-juiz defende VAR na Copa e o desestimula na Europa

Responsável por presidir a Comissão de Arbitragem da Fifa, o italiano Pierluigi Collina, 58, trabalhou em duas Copas do Mundo em sua carreira, em 1998 e 2002. Nesta última atuou na final, na qual o Brasil derrotou a Alemanha por 2 a 0.

Conhecido pela sua careca devido à alopecia, já foi apelidado de Kojak. Também é tido como um dos melhores árbitros da história e ganhou por seis vezes consecutivas o prêmio anual oferecido pela Fifa.

Uma das caras mais famosas do futebol mundial, estrelou vários comerciais durante a Copa de 2006, os mais populares da MasterCard e da Adidas, estas duas patrocinadoras da entidade na época

Collina vive uma situação conflituosa no momento.

Ele trabalha na Fifa, que é uma das grandes defensoras do sistema de VAR (árbitro de vídeo), e também é chefe da arbitragem da Uefa, entidade que controla o futebol europeu e já se mostrou diversas vezes contrária à tecnologia, inclusive negando a implantação na próxima temporada da Liga dos Campeões.

Em todos as suas falas na Rússia tem defendido o uso da tecnologia, como fez mais uma vez nesta sexta-feira (29), em Moscou.

“Tudo tem ido muito bem até agora. Estamos satisfeitos”, disse o italiano.

Em maio, como representante da Uefa, foi questionado sobre isso antes da final da Liga dos Campeões e adotou outro discurso.

“A liga com a maior receita do mundo [a Premier League, da Inglaterra] quer ter certeza antes de começar com o VAR. Conosco é a mesma coisa”, disse Collina ao jornal The Telegraph.

O italiano também adota uma posição de ataque quando contestado em suas entrevistas. Em uma delas quando questionado pela Folha sobre o porquê de os árbitros não estarem dando cartões amarelos para atletas que fazem o gesto de um monitor para pedir a revisão do VAR.

Antes do torneio, havia sido dito que esse gesto era passível de punição.

“Isso é algo que te incomoda?”, retrucou antes de dar a sua explicação.

Além de Collina, trabalham na Comissão de Arbitragem o diretor Massimo Busacca e o responsável por supervisionar a implantação do VAR, Roberto Rosetti. Ambos são ex-árbitros.

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