Conselho atleticano impõe limite às garantias do clube

Em reunião na noite de ontem, o conselho deliberativo do Atlético definiu o quanto está disposto a desembolsar e quais imóveis porá em garantia para viabilizar a adequação da Arena da Baixada para a Copa do Mundo. O clube foi autorizado, por 203 conselheiros que estiveram presentes, a envolver apenas R$ 46 milhões do seu patrimônio. Para isso, vai empenhar apenas o CT do Caju.

Os conselheiros aprovaram que o Atlético poderá utilizar o bem para cobrir apenas os valores que corresponderão à terça parte que cabe ao clube dar como garantia, a fim de obter o empréstimo junto ao Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Assim, a Arena da Baixada foi poupada de qualquer envolvimento no projeto. Os outros dois terços serão garantidos com o potencial construtivo, que dizem respeito à participação da Prefeitura de Curitiba e do governo do Estado.

Também ficou definido ontem à noite que a CAP S/A, empresa gerenciadora das obras, vai entrar com um pedido de empréstimo de R$ 138 milhões junto à Agência de Fomentos do Paraná, que requisitará os valores ao BNDES. Segundo o projeto de viabilização econômico-financeira apresentado ontem, as obras custarão R$ 183 milhões, mas com as correções de mercado ao final da adequação do estádio o montante pode superar os R$ 200 milhões.

Com a aprovação do conselho, a CAP S/A ganhou autorização para viabilizar o empréstimo. Mas além dos R$ 138 milhões que vai captar no BNDES, ainda será preciso buscar outras alternativas de financiamento. Por ora, na Agência de Fomento, há um pedido de empréstimo de R$ 123 milhões, feito em cima de um pré-projeto das obras, sem o orçamento real da readequação da Baixada.

Este pedido inicial ainda está em fase de análise no BNDES e só depois da resposta da instituição é que a Agência de Fomento poderá entrar com o pedido real do empréstimo. A expectativa era de que a primeira parcela do empréstimo fosse liberada ainda em março, mas este prazo deve se estender por mais tempo.