Conselho aprova a criação da Funcap e realiza sonho de Petraglia

Cinco anos depois da primeira tentativa, o presidente do Atlético, Mário Celso Petraglia conseguiu convencer os conselheiros do clube e, mesmo sem a unanimidade – 60 contra 49 -, tirou do papel a Fundação do Clube Atlético Paranaense (Funcap). A partir de agora, as decisões de interesse do Atlético e o patrimônio do clube estarão ligados diretamente à essa fundação, que nada mais é do que um grupo de conselheiros comandados pelo mandatário atleticano, que terá poder absoluto nas decisões sobre o clube em caráter vitalício. A princípio, ficou definido que o presidente da Funcap será Márcio Lara, que hoje ocupa o cargo de 2.º vice-presidente.

Porém, diferentemente do que se esperava, a reunião foi marcada por discussões acaloradas, sobretudo quando parte dos membros do Conselho Deliberativo pediu o adiamento da votação da criação da Funcap, entendendo que precisavam de um prazo maior para se interar do assunto. Diante disso, Mário Celso Petraglia, contrariado, deixou a reunião demonstrando sua insatisfação com o pedido dos conselheiros. ‘Votei contra a Funcap porque não tinha o conhecimento necessário. É o futuro do clube que estava em jogo’, disse um conselheiro que não quis se identificar.

A partir de agora, com a aprovação do estatuto social por parte dos conselheiros, a Fundação dependerá de um aval do Ministério Público do Paraná (MP-PR) para ser definitivamente instituída. Se o organismo estadual constatar um desvio de função da instituição, a criação da Funcap poderá ser barrada.

Para Petraglia, mais do que perpetuar no poder, a Funcap garantirá que o patrimônio do clube esteja resguardado.

‘Vamos buscar salvaguardas para que nosso clube não fique vulnerável e sem proteção de aventureiros, desonestos, pessoas que querem ganhar dinheiro ou ganhar o título a qualquer preço. Vamos nos proteger, tem várias formas’, disse o presidente atleticano, em entrevista à Espn Brasil, em outubro deste ano.

Ficarão como principais bens da Funcap a Arena, a Areninha e os outros recebíveis, que serão as fontes de renda da Fundação.