A confusão gerada pela expulsão do atacante Guerrón, aos 27 minutos do primeiro tempo do Atletiba de domingo passado (22), pode sair caro para o Atlético. Além do equatoriano, outros quatro jogadores do Furacão estão ameaçados de não participar das finais do Campeonato Paranaense, nos dias 6 e 13 de maio. Paulo Baier, Marcinho, Héracles e Bruno Costa também foram denunciados pela procuradoria do Tribunal de Justiça Desportiva do Paraná (TJD-PR). O julgamento acontece na próxima quarta-feira, às 19h, na terceira comissão disciplinar do tribunal.

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Com exceção de Guerrón, que foi citado com base na súmula, os demais jogadores acabaram envolvidos no processo através de imagens de televisão usadas pela procuradoria para oferecer a denúncia. Por isso,o árbitro Antônio Denival de Morais e o assistente Luiz H. Santos Renesto também vão a julgamento por não terem documentado as ofensas que sofreram de Baier, Marcinho, Héracles e Bruno Costa.

O caso do atacante Guerrón é o mais preocupante. Ele foi denunciado pela procuradoria do TJD-PR pelo chute dado em Lucas Mendes e pelas ofensas ao assistente Renesto, que indicou ao árbitro Antônio Denival a agressão cometida pelo equatoriano. Pela agressão, o equatoriano foi denunciado no artigo 254-A do CBDF (Código Brasileiro Disciplinar do Futebol) com pena que prevê suspensão de quatro a doze partidas.

Além disso, o jogador pode ter a pena acumulada se também for condenado no artigo 243-F, pelos xingamentos feitos ao assistente. Na súmula, a arbitragem relatou que Guerrón chamou Renesto de “safado e ladrão”. A pena prevista é suspensão de uma a seis partidas. Neste artigo também está previsto multa ao infrator, que pode variar entre R$ 100 e R$ 100 mil.

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Já Paulo Baier foi enquadrado no artigo 254-A do CBDF. Além dele, Marcinho, Héracles e Bruno Costa sentarão no banco dos réus do TJD-PR para responder pela infração do artigo 258 (conduta contrária à disciplina ou à ética desportiva) com pena que varia entre um e seis jogos de suspensão. Quanto ao árbitro e o bandeirinha, a omissão por não terem relatado todos os fatos em súmula pode lhe custar suspensão de  até um ano.

Se tiver os jogadores punidos, o Atlético pode tentar um efeito suspensivo. Segundo o presidente do TJD-PR, Peterson Morosko, o tribunal está mantendo o prazo padrão de julgamento. “Não tem nada de acelerar o processo. Durante todo o Paranaense estamos julgando os casos em até duas semanas, e este segue o mesmo padrão”, explicou.

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