Completo, Coritiba quer sair de Itu com vantagens

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Depois de duas semanas e meia, entra em campo o Coritiba que todos conhecem. O time que construiu a liderança do campeonato paranaense e conquistou a vaga na Copa do Brasil vai enfrentar o Ituano esta noite (20h30), no estádio Novelli Júnior. Mas, como a competição é diferente, o pensamento do técnico Paulo Bonamigo também muda. O Cori de hoje será uma equipe mais aplicada que nunca na marcação, tentando impedir que a empolgação adversária complique os planos alviverdes.

A intenção inicial do treinador é conter o ímpeto inicial do Ituano. “Nós sabemos que, por tudo que representa o jogo para Itu, eles vão partir para cima”, comenta Bonamigo. Por isso a idéia é segurar a força ofensiva do adversário (que deve ser comandado por Evandro e Jackson) principalmente nos primeiros quinze ou vinte minutos. “Como eles têm jogadores de qualidade e velocidade, teremos que ficar muito atentos”, completa o técnico.

Isso para que um início de jogo frustrado complique toda a seqüência do jogo – e da série. “Se não nos cuidarmos, acabamos nos complicando”, adverte o goleiro Fernando. Mas não significa que o Cori será extremamente defensivista. “Nós temos que jogar com cautela, mas sempre tentando impor nosso ritmo. Precisamos saber jogar fora de casa, e para isso temos que render bem no ataque”, comenta Bonamigo.

E a maior prova que o time terá poder ofensivo é que a formação será a mais utilizada na temporada – com os retornos dos titulares Fabrício, Reginaldo Nascimento, Roberto Brum e Marcel. O atacante, que atuou na Matonense ano passado e enfrentou o Ituano na série A-2 do campeonato paulista, é a principal esperança de gol do Cori. “Nós vamos enfrentar um time de qualidade, mas não podemos deixar de atacar”, comenta o jogador.

Além dele (e das observações dos auxiliares de Bonamigo), o ?espião? do treinador é Edu Sales, que jogou no Ituano em 2002. “Quase todo o elenco foi mantido. Joguei com muitos deles”, conta o atacante. Edu alerta para a principal arma ofensiva adversária, que é o lateral-esquerdo Lúcio. “Ele parte para cima e é difícil pará-lo”, diz o jogador, que aponta o contra-veneno. “Só que ele marca mal e deixa espaços naquele lado.”

Essa pode ser uma das estratégias de Bonamigo, que no entanto prefere não contar o que vai surpreender o Ituano. O treinador gosta, entretanto, de falar do que espera dos jogadores no gramado do Novelli Júnior. “Se tivermos aplicação, podemos até buscar uma vitória que elimine o jogo de volta. Mas o principal é buscar um resultado que nos dê vantagem para o confronto do Couto Pereira”, finaliza.

Pela Libertadores

É permitido sonhar alto. Hoje, começa a caminhada de Coritiba, Atlético e Iraty rumo a um título inédito para o futebol paranaense – a Copa do Brasil, que teve seu início oficial há duas semanas. E o prêmio para o campeão é simplesmente a participação na Taça Libertadores da América, maior torneio interclubes do continente. Portanto, nossos clubes correm atrás de títulos, de fama, de dinheiro e da sempre sonhada projeção internacional.

O máximo que o futebol paranaense (duas vezes campeão brasileiro) conseguiu na Copa do Brasil foi chegar às semifinais. Foram duas vezes, ambas com o Coritiba, e em ambas as oportunidades eliminado pelo Grêmio, em 1991 e 2001. Já chegaram à decisão times de Goiás (Goiás), Pernambuco (Sport), do Ceará (Ceará) e até de Brasília (Brasiliense). Isso sem contar o Criciúma, que levou a taça de 91 sendo comandado por Luiz Felipe Scolari.

Por causa de momentos como esse, o Iraty pensa grande. A terceira equipe do interior a disputar a Copa do Brasil (antes foram União Bandeirante e Londrina) estréia às 15h30 contra o Vila Nova (GO) contando com a base utilizada desde o ano passado – e que está em alta no Paranaense após a goleada aplicada sobre o Grêmio Maringá por 6×3 no final de semana.

Para o Atlético, o caminho é de retorno. A estréia do técnico Osvaldo Alvarez representa a tentativa de recompor dentro de campo uma estrutura que deu certo nas últimas temporadas, se possível com o título da Copa do Brasil. O início da caminhada acontece bem longe – em Belém, contra a Tuna Luso, às 20h30.

O Coritiba estréia mais perto (em Itu, às 20h30, contra o Ituano), mas o pensamento também está longe. Estruturado e em ótima fase, o time de Paulo Bonamigo teve que passar pelo Paraná Clube para garantir a vaga no torneio, mas tem em mente a conquista do título – que serviria para reerguer definitivamente o clube.

Doze passos

Para isso, nossos times precisarão passar por doze jogos em seis fases. A Copa do Brasil reúne 64 equipes, e elas se enfrentam em jogos de ida e volta. Classifica-se quem marcar mais gols nos confrontos, sendo que o gol marcado fora de casa tem maior valor. Como sempre, na primeira fase a equipe visitante tem a possibilidade de eliminar o jogo de volta, se vencer por dois gols de diferença.

Para o Cori, é só manter a fase

Locutores esportivos de outrora diriam que o Coritiba está com os pés fincados no chão e a cabeça voando em busca da felicidade. A imagem pode ser meio exagerada, mas a partida de hoje (20h30), contra o Ituano, no Estádio Novelli Júnior, significa muito para o Cori. Iniciar bem a Copa do Brasil é dar o primeiro passo rumo à recuperação moral do clube, que quase aconteceu no ano passado, não fosse o desastre da derrota para o Gama no campeonato brasileiro.

Neste ano, entretanto, o Coritiba não vem fazendo feio. É uma das únicas três equipes com retrospecto totalmente positivo nos principais campeonatos estaduais do país – Cori, Cruzeiro e São Caetano têm aproveitamento 100% até agora. E como será o primeiro desafio fora do estado, o próprio elenco coxa sabe que a partida desta noite serve como teste definitivo para uma equipe que luta para ter um reconhecimento que já teve.

Claro que as vitórias sobre Atlético e Paraná já representaram a atual superioridade alviverde (comprovada na liderança absoluta do Paranaense), mas a exigência agora é diferente. “Nós vamos encarar um adversário muito difícil. Quem diz que esse é um teste para o Coritiba, tem razão”, comenta Tcheco, o principal destaque individual do Cori.

Ainda mais na Copa do Brasil, onde a equipe passou por bons e maus momentos. Bons como a campanha de 2001, quando chegou às semifinais, sendo eliminada pelo Grêmio (daquele time, apenas Reginaldo Nascimento e Edinho jogam hoje). E maus como a participação do ano seguinte, quando venceu a Ponte Preta em casa por 2×1, mas acabou caindo depois da goleada por 4×1.

Do time que participou daquela derrota, continuam no Cori Fernando, Roberto Brum e Reginaldo Nascimento, além dos jovens que compunham o grupo à época. Hoje, essa ?garotada? assumiu papel de destaque, principalmente o atacante Marcel, artilheiro do Paranaense e sensação da temporada. “Todo mundo gostaria de participar da Libertadores, e para isso precisamos passar pela Copa do Brasil”, admite o centroavante.

Pode até parecer um sonho distante, mas para o técnico Paulo Bonamigo o Cori tem condições de chegar longe no torneio. “Nós temos esse pensamento de conquistar o título. O clube precisa muito disso, além de um reconhecimento que seria muito importante para todos aqui”, reconhece o treinador, que já teve o gosto de conquistar uma Libertadores (pelo Grêmio) como jogador, em 83.

E essa confiança que o treinador tem ele pretende transferir ao elenco, sem que isso se transforme em soberba. “Nós temos que manter nosso espírito de competição, sabendo que temos qualidades que podem nos ajudar muito na Copa do Brasil”, afirma. Pensando assim, eliminar o Ituano é o primeiro passo. (CT)

Ituano joga a vida na Copa do Brasil

AE

Campeão paulista do ano passado e fora da briga pelo bicampeonato nesta temporada, o Ituano faz sua estréia na Copa do Brasil contra o Coritiba. A própria eliminação antecipada no Campeonato Paulista deixa o time concentrado na nova competição, na qual participa pela primeira vez.

O técnico Ruy Scarpino diz estar otimista em razão da evolução apresentada pela equipe nos dois últimos jogos, quando assumiu o comando do time no lugar de João Francisco. “Tivemos uma grande apresentação contra o Palmeiras (2×1), mas perdemos. Depois vencemos bem o Rio Branco (3×2)”, lembra o técnico. Apesar da última vitória, o time deverá sofrer várias mudanças.

Os volantes Everaldo e Pierre, que estavam suspensos, têm retorno garantido. Na lateral direita, Bruno ganhou a vaga de Lima, enquanto no ataque existe a dúvida sobre o aproveitamento de Evandro. Se ele for vetado, Caio formará o ataque ao lado de Fernando Gaúcho.

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