Comandante Ricardo Drubscky muda de status

O técnico Ricardo Drubscky não só levou o Atlético à Série A como também marcou sua carreira com a trajetória do time na Segunda Divisão, colocando seu nome no mercado dos treinadores. “Precisarei de uns três dias para baixar a adrenalina. Estou muito feliz e isso ficará marcado na minha vida. Foi uma campanha incrível, digna de filme e os méritos são de todos. Mas os jogadores foram os maiores protagonistas”, defende.

Após se dizer realizado, Drubscky teve de superar percalços e desconfianças por assumir um time em crise, longe dos primeiros lugares e tendo de mostrar humildade por aceitar ser “rebaixado” do time profissional para o sub-23.

Com a saída de Juan Ramón Carrasco, foi apresentado como técnico efetivo, mas após dois jogos (um empate contra o Goiás e uma derrota para o Ceará) foi sacado do cargo e ficou nove rodadas apenas observando Jorginho trabalhar. Finalmente voltou ao posto de comandante, mas conseguiu mostrar que seus anos de estudos e livro publicado cabem no futebol moderno.

Drubscky conseguiu dar cara ao time, o torcedor passou a conhecer a escalação titular do Furacão e até Paulo Baier aceitou a reserva. Segundo o treinador, foi a união do elenco que fez o Atlético mudar. Um contraste com o ano passado, em que o grupo era dividido em blocos. A unidade foi o ponto alto. “Nunca estive num grupo tão bom, com brincadeiras, todo mundo junto como este ano”, reconheceu Manoel, um dos jogadores mais emocionados após a confirmação do acesso.

Com o elenco na mão e a estratégia de ter um time titular, com variações técnicas dentro de campo, Ricardo Drubscky teve o melhor aproveitamento do Furacão na Série B. Chegou a 69%, contra 50% de Juan Ramon Carrasco e 48% de Jorginho.