O Santos vai tentar recuperar na rodada final o que foi seu durante quase toda a primeira fase do Campeonato Paulista. Nesta quarta-feira, a partir das 21h30, o time enfrenta o Botafogo, no Estádio Santa Cruz, em Ribeirão Preto, com o objetivo de retomar a liderança do Grupo A e também da classificação geral da competição. Mas precisará fazê-lo cheio de reservas.

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Na última sexta-feira, uma derrota provocou vários baques no Santos. Batido por 1 a 0 pelo Novorizontino, no Pacaembu, o time perdeu a invencibilidade como mandante e ainda foi ultrapassado pelo Red Bull Brasil, que agora tem a melhor campanha da sua chave e da competição, com 24 pontos, um a mais do que o clube da Baixada.

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Assim, ao mesmo tempo em que atuará em Ribeirão Preto, o Santos dependerá do resultado da partida do Red Bull Brasil contra o Guarani, no Brinco de Ouro, para saber se chegará às quartas de final do Paulistão com a melhor campanha e se terá a vantagem do mando de campo no segundo confronto com o clube-empresa.

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E apesar desse cenário de decisão, o técnico Jorge Sampaoli optou por dar um descanso a alguns dos seus principais jogadores. A lista é puxada pelos goleiros Vanderlei e Éverson, passando pelos laterais Victor Ferraz e Felipe Jonatan, também contando com o zagueiro Felipe Aguilar, os meio-campistas Jean Mota e Carlos Sánchez, além dos atacantes Copete e Rodrygo.

O treinador chileno também não poderá usar o volante Alison, ainda em recuperação de um corte no pé direito. E seus outros desfalques serão o peruano Cueva, o venezuelano Soteldo e o paraguaio Derlis González, todos convocados para as suas seleções nacionais e que também serão desfalques ao menos no primeiro duelo das quartas de final contra o Red Bull Brasil.

“Sabemos que vão fazer falta porque são jogadores decisivos, mas é hora de mostrar a força do grupo. São jogos que a gente gosta de jogar e agora outros jogadores vão ter oportunidade para mostrar a força do nosso grupo”, disse Luiz Felipe.

Com tantas ausências – forçadas ou por opção do treinador -, o Santos terá em campo caras pouco conhecidas pelo seu torcedor, como o terceiro goleiro João Paulo e o centroavante Kaio Jorge, de apenas 17 anos, que ainda dá os seus primeiros passos entre os profissionais.

Sampaoli, porém, vai aproveitar o jogo, mesmo com um time misto, para testar um sistema tático com três zagueiros: Luis Felipe, Gustavo Henrique e Lucas Veríssimo, que jogará pela primeira vez em 2019. E a estratégia poderá se repetir na sequência da temporada, pela disputa acirrada por vaga no sistema defensivo, mas também pela escassez de peças em outras funções.

Ameaçado pelo risco de rebaixamento no Paulistão, o Botafogo precisa se superar e vencer o Santos. A promessa da torcida é de comparecer em grande número, enquanto os jogadores garantem que vão “dar a vida” em campo. “Já falei muito com os jogadores de que precisamos focar na vitória, sabendo da força e da tradição do Santos”, disse o técnico Roberto Cavalo.

Com oito pontos, o Botafogo tem duas vitórias e saldo negativo de cinco gols. O São Caetano, primeiro clube na zona de rebaixamento, tem sete pontos, uma vitória e saldo de menos nove. Para se salvar sem depender de outros resultados o Botafogo precisa vencer. Em caso de empate, vai depender de derrota ou empate do concorrente do ABC, que joga em casa com o São Paulo.

Sem tempo para testar formações, Roberto Cavalo apostou na conversa com os jogadores. No empate com o Mirassol, no domingo, ele entrou com uma formação defensiva, apostando na tática de três zagueiros e velocidade pelas pontas. Ele pode manter essa ideia de jogo ou tentar encaixar Denílson no meio-campo. “A prioridade foi recuperar os jogadores agora, que estão muito desgastados nesta reta final”, explicou Roberto Cavalo.