Com Jorginho, jogadores do Atlético não têm moleza

Nesta semana, o elenco do Atlético conheceu o estilo do técnico Jorginho de trabalhar. A conclusão dos jogadores é que vai ser dureza. Enclausurados no CT do Caju, eles suaram a camisa como ainda não tinham feito nos seis primeiros meses do ano. O treinador cobra, pega pesado nos trabalhos, é “chato” e exigente. “Só conheci o Jorginho agora. É um cara de pulso firme. Mas ao mesmo tempo que bate, ele faz um carinho”, conta o lateral Gabriel Marques.

Foram cinco horas de trabalho por dia nesta semana de concentração, divididos em dois períodos. Jorginho colocou o elenco para trabalhar até os fundamentos básicos do futebol. Mas o aumento da jornada não assustou os jogadores. Porém, os obrigou a se acostumar a uma nova rotina. “Ele faz muito mais treinamentos, são duas horas e meia de manhã, duas horas e meia à tarde. Ele fez a gente suar a camisa muito mais que s outros que passaram por aqui. Mas foi uma semana proveitosa”, admitiu Gabriel.

Mas Jorginho não vê outra alternativa ao Atlético que não seja forçar os trabalhos para tentar melhorar. Com o tempo correndo e sem margem para erros, o treinador vai continuar cobrando. “Não tem outro jeito. É com trabalho técnico, tático e com vontade – e temos que enaltecer que isso eles têm muito -, que o Atlético vai mudar essa situação”, lembrou Jorginho.

O treinador também mostra que está atento a tudo. Tanto que os jogadores já se deram conta de que ele capta tudo, antes mesmo que alguém mencione qualquer palavra. E Jorginho não deixa para depois. Falar no ato, seja para elogiar ou para cobrar. “Ele é direto mesmo. Foi jogador, sabe o que pensamos. Parece que ele vê o que você está pensando, não precisa nem falar que ele já te diz o que é. E é assim com o Anderson [auxiliar] e com o preparador físico [Omar]. Mas esta relação é boa. Nos dá muita confiança com esta transparência. Tomara que isso se estenda”, completou Gabriel Marques.

Além do trabalho técnico, Jorginho tenta mudar o ânimo dos jogadores. Ele ficou preocupado com a baixa estima do grupo e encara o fato como maior desafio a enfrentar. Maior até mesmo que os problemas de finalização e jejum de gols e vitórias. “Sem confiança, a técnica desaparece. Sem confiança, você não faz nada perfeito. Esta é nossa maior dificuldade, mas o empenho deles está sendo uma coisa absurda e eles viram que agora as coisas são diferentes”, disse.