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Com Dorival pressionado, Santos desafia a paz do Corinthians de Carille

Corinthians e Santos fazem um clássico de duas equipes que vivem momentos completamente distintos e que pretendem utilizar a diferença como motivação. A partir das 19 horas deste sábado, no Itaquerão, o embalado time de Fábio Carille encara a conturbada equipe santista.

O Corinthians vem de 16 jogos invictos, pode assumir a liderança do Brasileiro e não perdeu clássicos na temporada. Foram três vitórias e dois empates. O Santos vem de derrota em casa, não somou pontos diante dos principais rivais do Estado no ano – perdeu três vezes – e Dorival Júnior balança. Apesar dos motivos de sobra para o favoritismo corintiano, os dois lados adotam o discurso politicamente correto e negam se ver em vantagem em relação ao adversário.

“Favoritismo em clássico é algo inexistente”, crava Dorival Júnior. “Nossa equipe não se considera favorita. Será um jogo difícil”, afirma Jadson.

O Corinthians tem um fator extra para ganhar confiança: atuar em sua arena lotada. Até esta sexta-feira, mais de 33 mil ingressos tinham sido vendidos. Mesmo assim, Fábio Carille não pretende abrir mão de seu estilo de jogo mais focado na defesa.

“Meus jogadores jamais vão ouvir isso de atacar, de que vamos para cima”, disse, sorrindo, para explicar em seguida: “Futebol é equilíbrio. É saber atacar e defender, atacar marcando”.

Pelo treino desta sexta-feira no CT Joaquim Grava, a impressão é de que realmente Carille não deverá mudar a forma de jogar do time. Ele dá de ombros para o fato da equipe marcar poucos gols. “Fomos vazados em apenas 17 de 33 jogos na temporada”, compara, reforçando sua ideia de priorizar a marcação.

Jô, autor de cinco gols em clássicos neste ano (sendo um no Santos), está confirmado. “Azar dos zagueiros”, brincou Dorival Júnior.

ESCALAÇÕES – Ao observar as condições com que as duas equipes vão para o jogo, novamente o Corinthians aparece com um leve favoritismo. O time terá como desfalque apenas o zagueiro Balbuena, machucado. Pedro Henrique deve atuar ao lado de Pablo.

Já o Santos terá de se desdobrar para superar as ausências de Lucas Lima e Zeca, ambos machucados. A tendência é que Hernández entre no meio de campo e que o atacante Copete jogue na esquerda.

As sucessivas más atuações do time santista e a derrota para o Cruzeiro em casa, na última rodada, aumentaram a pressão e a cobrança em cima da diretoria para demitir Dorival Júnior. O presidente Modesto Roma garante a manutenção do treinador, mas a situação pode piorar em caso de uma nova derrota.

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