Com Arsenal em crise, Wenger esbraveja em coletiva

O técnico do Arsenal, Arsène Wenger, no cargo desde 1996, mostrou nesta segunda-feira que as coisas não estão bem para ele no clube inglês. Em entrevista coletiva obrigatória um dia antes do jogo contra o Bayern de Munique, pelas oitavas de final da Liga dos Campeões, o treinador vociferou contra os repórteres num raro momento de descontrole.

Tudo começou quando um jornalista perguntou a ele se era verdade que a diretoria do Arsenal lhe ofereceu uma extensão de contrato de dois anos. “Esta é uma informação errada e eu trabalho há 16 anos na Inglaterra. Acho que eu mereço um pouco mais de crédito quando eu digo que a informação errada tem apenas uma intenção: fazer mal”, reclamou ele. Depois, virou ao repórter e provocou: “Por que você está me olhando?”, perguntou, recebendo a resposta óbvia: “Porque é a sua coletiva de imprensa”.

A crise no Arsenal acontece porque, no sábado, o time perdeu para o Blackburn, da segunda divisão, e foi eliminado da Copa da Inglaterra. Assim, a Liga dos Campeões virou a única alternativa para tirar o Arsenal de uma fila que vem desde 2005. No Inglês já são 21 pontos de distância para o Manchester United e o time também foi eliminado na Copa da Liga Inglesa.

Perguntado sobre o jogo de sábado, Wenger voltou a reclamar. “Essa é uma entrevista da Liga dos Campeões. Se você quer falar sobre sábado, aquela coletiva aconteceu depois do jogo”, disse ele, quando perguntado sobre a derrota. “Alguém pode fazer alguma pergunta sobre o jogo de amanhã? Seria muito legal.”

Ele, entretanto, negou que não tenha levado a Copa da Inglaterra a sério, como reclamam os torcedores. “Eu fui acusado de não leva-la a sério. Eu ganhei a competição cinco vezes. Quem ganhou mais? Me dê um nome”, esbravejou o técnico, que continuou. “Fui acusado de não colocar o nosso time mais forte. Isso é um insulto aos 11 jogadores que começaram o jogo, todos jogadores de seleção”.

Mas Wenger ainda tinha mais a reclamar: “O Arsenal jogou as últimas 16 Ligas dos Campeões. Chegamos a esta fase nos últimos anos (desde 2003/2004). O importante é esquecer o que as pessoas dizem e focar nos nossos objetivos.”

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