Com 35 medalhas, Brasil fica em sétimo no Mundial Paralímpico de Atletismo

A delegação brasileira não conseguiu repetir, em Doha, o desempenho do País nas mais recentes edições do Mundial Paralímpico de Atletismo. A competição chegou ao fim neste sábado no Catar e o Brasil conquistou 35 medalhas, sendo apenas oito delas de ouro. Em Lyon (França), em 2013, haviam sido 40 e 16, respectivamente. Em Christchurch (Nova Zelândia), em 2011, os brasileiros não ganharam tantas medalhas (30), mas foram ao alto do pódio 12 vezes.

Principal nome do atletismo paralímpico brasileiro e astro dos Jogos de Londres, em 2012, Alan Fonteles não brilhou em Doha. Depois de um ano sabático, ficou com a prata nos 200m da classe T44. Marcou 22s04, longe do seu recorde mundial, que é 20s66. O ouro da prova foi para o norte-americano Richard Browne.

Yohansson Nascimento, que corre na classe T47 (ele não tem as mãos), venceu os 200m, com 21s90 (recorde pessoal) e foi prata nos 100m. Petrúcio Ferreira, recordista mundial dos 200m, está machucado e não competiu em Doha.

Na classe T11 (para cegos totais), Felipe Gomes venceu os 100m e foi prata nos 200m, enquanto Daniel Guedes ganhou os 400m e ficou com bronze nos 200m. Nos 400m, Felipe chegou na frente, mas o guia dele, Jorge Pereira Borges, pisou na linha em uma curva e acabou desclassificando o corredor cego.

Entre as mulheres da mesma classe, o Brasil também teve problemas com guia. Terezinha Guilhermina, mais rápida do mundo desde 2006, chegou a pedir a substituição do seu guia, Guilherme Santana, antes do tiro de largada da final dos 200m. Ele alegou lesão muscular, mas correu ao lado dela e ajudou a repetir a prata dos 400m. Nos 100m, já com outro guia, Rafael Lazarini, não conseguiu chegar à final.

Ainda na classe T11, Renata Bazone venceu os 800m, mas chorou pela colombiana Maritza Buitrago. A rival, que é sua amiga, ganhou a prova, mas foi desclassificada porque, exausta, quase caiu nos metros finais e foi amparada pelo guia, o que é proibido pelas regras da modalidade.

Em número de medalhas, o Brasil só ficou atrás de China (84), Rússia (69) e EUA (38), as três potências do esporte. Pelo total de ouro, entretanto, também Grã-Bretanha, Tunísia e Polônia superaram o Brasil.

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