“Colaboramos com um grão de areia para que o Coxa fosse majestoso”, diz Dreyer

O argentino Dreyer aportou no fim de 1971 no Coritiba, oriundo do River Plate, conquistando importantes títulos com as cores verde e branco. Logo na primeira temporada que disputou, consagrou-se campeão do torneio estadual e em 1973, integraria a equipe que venceria o Torneio do Povo.

Eduardo Francisco Dreyer foi meio de campo coxa-branca até 1975, no entanto, deixou marcas profundas na história do Coritiba, sendo um dos poucos jogadores a se tornarem tricampeões paranaense. “Nós colaboramos com um grãozinho de areia para que o Coritiba fosse majestoso” orgulha Dreyer, atribuindo à torcida a outra parcela do sucesso obtida em campo, e completa “a torcida era maravilhosa”.

Foi considerado o melhor jogador estrangeiro atuando no Brasil, no período em que jogou pelo Coxa, mas revela que todas as conquistas foram realizadas pela união da equipe que “era uma família” com “jogadores valorosos”. Para o meia, o grande problema do futebol atual é a sazionalidade dos atletas e a falta de planejamento.

Apesar do desempenho singular que o Verdão alcançou nas competições que disputou, nunca chegou a conquistar o Campeonato Brasileiro. “Na nossa época os times eram maravilhosos, tinha o Santos com o Pelé, por exemplo”, recorda. Mas o Coxa tinha Jairo, Orlando, Aladim e Hidalgo, grandes amigos do argentino que deixou sua pátria, adotando o Brasil como casa.

Hoje Dreyer não atua mais no futebol, mas orgulha-se de ter jogado no Coritiba e confessa “o centenário é muito importante” e pede que os torcedores “acreditem no clube” para que ele possa conseguir resultados melhores nos próximos jogos.

Projeto realizado em parceria com alunos da Faculdades Eseei.