O Comitê Olímpico Internacional (COI) confirmou nesta quarta-feira que encerrou a suspensão à Rússia por uso sistemático de doping. Horas depois de o país revelar ter recuperado os direitos olímpicos, a entidade mundial confirmou a informação em um breve comunicado.

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O COI explicou que a decisão de interromper a punição e recolocar a Rússia no movimento olímpico está estreitamente ligada aos resultados dos últimos exames antidoping realizados pelos atletas do país que competiram na Olimpíada de Inverno, em Pyegonchang.

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“A notificação final dos resultados restantes da delegação dos atletas olímpicos da Rússia foi recebida. O COI pode confirmar que todos eles deram negativo. Portanto, como acertado na decisão do Comitê Executivo em 25 de fevereiro, a suspensão do Comitê Olímpico Russo está encerrada com efeito imediato”, informou.

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Em entrevista à agência de notícias TASS, o presidente do Comitê Olímpico Russo, Alexander Zhukov, havia declarado que recebeu uma carta do COI nesta quarta-feira comunicando a reintegração do país ao movimento olímpico. A entidade internacional, no entanto, ainda não tinha se pronunciado sobre o assunto.

A suspensão à Rússia foi definida em dezembro do ano passado, graças a uma “manipulação sistemática sem precedentes” do sistema antidoping, que teve como ponto alto a disputa da Olimpíada de Inverno de Sochi, em 2014. Com isso, o país foi impedido de competir nos Jogos de Inverno deste ano, em Pyeongchang, na Coreia do Sul.

Mesmo assim, 168 atletas tiveram os históricos de exames avaliados e receberam convites para a disputa em Pyeongchang, defendendo uma bandeira neutra. Dois deles testaram positivo para substâncias proibidas ao longo dos Jogos, incluindo Alexander Krushelnitsky, que teve retirada a medalha de bronze no curling. O COI, porém, entendeu que estes novos casos de doping foram isolados e decidiu encerrar a punição à Rússia.

A decisão foi comemorada pelo presidente do país, Vladimir Putin. “Temos que virar esta página. É preciso tirar conclusões importantes, mas espero que as organizações internacionais também entendam que os esportes têm que se manter à margem dos problemas que não tem qualquer relação com eles”, declarou.