COB fará exames-surpresa

Rio de Janeiro – O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) vai intensificar as ações antidoping, após o resultado positivo por uso de maconha do atacante Giba, da seleção brasileira campeã mundial, que atua no clube Ferrara, da Itália. O presidente do COB, Carlos Arthur Nuzman, não entrou no aspecto de a maconha ser droga social, mas acha que um atleta tem de servir de exemplo positivo e não negativo. “Ele foi fraco, mas terá de superar isso. É na hora da derrota que é preciso ser grande, como homem e atleta, para superar as adversidades.”

O COB vai fazer exames- surpresa fora de competição, em treinos, aeroportos, na casa de atletas, a qualquer momento do ano. Nuzman deu a declaração, ontem, durante o Seminário das Cidades Brasileiras Postulantes aos Jogos Olímpicos de 2012, com os representantes das cidades de São Paulo e do Rio. O dirigente ainda não conversou com o atleta e entende que, só após a conclusão do processo e do julgamento, o COB poderá ajudar, oferecendo apoio psicológico.

Nuzman não acredita que a Federação Internacional de Vôlei (FIVB) tenha usado Giba como “bode expiatório”, e observou que com a criação da Wada, a agência mundial antidoping os casos de doping saíram das mãos dos dirigentes dos esportes para ser um caso de governo. O Brasil, no entanto, não tem uma legislação específica para antidoping, como outros países.

Ontem, a Confederação Brasileira de Vôlei (CBV) informou que a amostra B da urina de Giba ainda não foi testada, conforme informou na quarta-feira a agência noticiosa AFP. Para que isso ocorra Giba tem de solicitar e estar presente à análise da contraprova. O médico Eduardo De Rose, especialista em doping, disse que será a Federação Italiana de Vôlei a responsável pelo julgamento e punição do Jogador.

Abílio Diniz

A secretária de Esportes, Lazer e Recreação de São Paulo, Nádia Campeão, confirmou ontem, no Rio, que o empresário Abílio Diniz, do Grupo Pão de Açúcar, será um dos vice-presidentes do Conselho de Postulação à Sede dos Jogos Olímpicos de 2012, presidido pela prefeita Marta Suplicy – o órgão será formalizado no dia 18 de fevereiro.

Nádia disse ainda que a Prefeitura vai buscar sim a união de todos os empresários da cidade em torno da candidatura. “Esperamos que elas se envolvam, assim como as ONGs e a população. Não é só o dinheiro que conta, mas também nossa capacidade de recursos humanos, o know how tecnológico e científico da cidade.” O prefeito César Maia, do Rio, não acredita que o poderio econômico de São Paulo seja um lobby decisivo para a candidatura da cidade. César Maia acha que depende muito de como o novo governo do Brasil vai se sair durante os dois próximos anos.

A escolha de uma das duas cidades será na assembléia do COB, dia 7 de julho. Serão 36 votos, dos membros natos e comitê executivo do COB mais os 29 presidentes de confederações.

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