COB apresenta Vila Pan-Americana

Rio de Janeiro

– O Comitê Olímpico Brasileiro (COB) lançou ontem a pedra fundamental da Vila Pan-Americana dos Jogos de 2007, no Rio, obra considerada pela entidade como uma das mais importantes para o evento. Por isso, tanto a Prefeitura carioca quanto o COB não mediram esforços para obter o terreno considerado por eles como o ideal.

Ao escolher o terreno, o prefeito do Rio, César Maia, teve como primeiro empecilho o fato de o local pertencer a uma construtora particular, a Agenco. Um segundo obstáculo foi a legislação municipal que não permitia a construção de edificações com mais de três pavimentos na região desejada.

Para solucionar os problemas, o prefeito mobilizou os vereadores que aprovaram a mudança na legislação, para permitir a construção de prédios com mais de três andares. Paralelamente, vendeu a idéia para a Agenco, que logo se interessou pelo projeto.

“A iniciativa de nos procurar partiu da prefeitura. Fizemos então um projeto de bairro, com legislação específica”, explicou o presidente da Agenco, Sérgio Goldberg. Por ser a proprietária do terreno, a Agenco realizou uma parceria com o município e ficou responsável pela construção do projeto, “sem ônus para a prefeitura”. Em contrapartida, recebeu as benesses fiscais para o desenvolvimento da Vila Pan-Americana e, ao final da competição, poderá comercializar o empreendimento.

A Vila Pan-Americana somente será preservada em caso de vitória do Rio na candidatura às Olimpíadas de 2012. Neste caso, a prefeitura pagará um aluguel à Agenco até a realização das Olimpíadas. Ao final da competição olímpica, todo o complexo seria comercializado.

“Estamos utilizando o modelo usado por Barcelona quando foi a sede dos Jogos Olímpicos de 1992. O setor público faz uma parceria com o setor privado viabilizada por uma mudança na legislação”, argumentou o prefeito do Rio.

No ambicioso projeto da Vila Pan-Americana está prevista a construção de 28 prédios, em uma área de 422,9 mil metros quadrados, na Barra da Tijuca, com capacidade para hospedar 8.240 pessoas. No total, serão 2 mil apartamentos, com 4.120 quartos. O local ainda oferecerá um centro comercial, de logística e entretenimento, um restaurante, uma policlínica, fitness center, lavanderia, 18 piscinas, além de um estacionamento com 4.256 vagas.

A Vila Pan-Americana terá uma área total construída de 340 mil m2, e a previsão é a de que seu custo seja de US$ 80 milhões, com o fim das obras estimado para dezembro de 2006, gerando quatro mil empregos diretos e 12 mil indiretos.

Orçamento

O ministro do Esporte, Agnelo Queiroz, participou ontem do 1.º Congresso e Feira de Negócios Pan-Americano, que termina hoje, no Riocentro, na Barra da Tijuca. Frisou que sua expectativa, agora, é para a aprovação da Lei de Incentivos Fiscais para o Esporte.

“Com a aprovação da lei, aumentaremos o orçamento do Esporte em pelo menos R$ 100 milhões. Além do mais, também estaremos aprovando uma nova legislação para a exploração dos bingos, onde poderemos arrecadar mais R$ 150 milhões”, destacou o ministro. “Desta forma, apesar de ter um pequeno orçamento no governo, conseguiríamos aumentá-lo de outras formas.”

O ministro ainda explicou que sua intenção será a de garantir pelo menos R$ 200 milhões de orçamento para o ano de 2004. Queiroz ainda destacou a importância do esporte como instrumento de política social do governo Luiz Inácio Lula da Silva.

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