Clube suíço sai de cena e projeto de Pelé fracassa

Nem tudo que Pelé toca vira ouro. Um clube da segunda divisão da Suíça, o Lausanne Sport, decidiu suspender seu projeto de cooperação para a venda de atletas que tinha com o ex-jogador e o Paulista, de Jundiaí. Era um fundo de investimento que pretendia revelar atletas, negociar os direitos dos mesmos e recompensar os investidores com os lucros.

Em 2007, Pelé lançou em um hotel de luxo de Genebra uma proposta para investidores de todo o mundo: aplicar recursos em um fundo em um banco registrado no paraíso fiscal de Luxemburgo que se encarregaria de investir em jovens talentos no Brasil. Os jogadores, então, seriam vendidos para a Europa e, na valorização de seus passes, os investidores sairiam lucrando.

Na prática, os investimentos feitos na formação do atleta seriam inferiores à perspectiva de lucros que a venda do futuro craque poderia gerar para o fundo. No lugar do barril de petróleo ou minérios, o investidor apostaria em outra commodity amplamente difundida e valorizada: o jogador brasileiro.

O projeto fazia parte do Campus Pelé. Em 2007, contou com o envolvimento de Venilton Tadini, do Banco Fator, Eduardo Santos Palhares (Paulista), João Paulo Medina (coordenador técnico do projeto) e do próprio Pelé. Pessoas próximas ao projeto apontaram que o fundo no paraíso fiscal de Luxemburgo tinha como meta atingir 50 milhões em investimentos obtidos.

Três anos depois, a suspensão do projeto não é explicada por nenhum dos participantes. O Lausanne Sport apenas colocou em seu site o anúncio da suspensão e se negou detalhar os motivos. O Paulista confirmou, mas sua assessoria de imprensa também disse que não teria detalhes para passar sobre o assunto.

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