A remodelação da comissão técnica não poupou um profissional intimamente ligado ao Coritiba. Depois de cinco temporadas no Alto da Glória, o auxiliar Cláudio Marques ganhou bilhete azul sem esconder a decepção.
Ídolo alviverde nos anos 70s, Cláudio exerceu diversos cargos no clube do coração nas últimas duas décadas. O último retorno ocorreu em 2002, quando assumiu o comando das categorias de base. Em 2004 virou o espião coxa-branca – responsável por observar adversários, ao mesmo tempo indicava atletas para futuras aquisições. Nas ?horas vagas?, era chamado para tapar buraco como técnico interino – substituiu Antônio Lopes Júnior no Brasileiro de 2005 e Márcio Araújo no início de 2006, levando o time às semifinais do estadual. Estevam Soares já era o técnico quando o Coxa foi eliminado pela Adap.
O currículo transformou em surpresa não só a demissão, mas a forma como Cláudio foi comunicado. ?Um rapaz enviado pela diretoria, que nem o nome sei, me chamou na sala dele e avisou que eu estava fora. Não recebi explicação e ainda não sei por que saí?, falou Cláudio, acusando o clube de não honrar o que prometera. ?Tenho identidade com o Coritiba. E sempre falaram que eu seria o auxiliar da diretoria quando viesse outro técnico. Nada foi cumprido. Infelizmente o futebol tem dessas coisas?, desabafou.
O secretário da diretoria executiva coxa-branca, Luís Henrique Barbosa Jorge, o ?Espeto?, disse que a saída de Cláudio foi natural dentro do processo de reestruturação da comissão técnica. ?O insucesso na temporada foi de todos. Assim, é normal que no final do ano venham novas cabeças. Além disso, vivemos nova realidade orçamentária?, falou.
O posto ocupado por Cláudio deve ficar vago. Além dele, saíram o técnico Paulo Bonamigo, seus dois auxiliares diretos, o preparador físico Robson Gomes e o preparador de goleiros Cassius Hartmann. O treinador Gilberto Pereira chegou com o auxiliar Luís Gonçalo, o treinador de goleiros Marcelo Giacomelli e o preparador físico William Hauptmann.