Em 2002, quando Palmeiras e Botafogo flertavam com o rebaixamento para a série B do campeonato brasileiro, era comum que as torcidas adversárias fizessem piada dizendo que “pelo menos vai ter clássico na segunda divisão.”
Pois bem, chegou a hora de a piada virar realidade. Hoje, às 16h, o Parque Antártica volta a ver o alviverde recebendo uma grande equipe do futebol brasileiro. Em jogo, pelos dois times, estarão cinco títulos brasileiros e as milhares de histórias de quem já teve Garrincha e Ademir da Guia, Didi e Leivinha ou até Túlio e Edmundo. Mas, de fato, trata-se de apenas mais uma partida pela nona rodada da série B.
Com 13 pontos na oitava colocação, os palmeirenses têm chance até de chegar à liderança caso consigam uma vitória -apenas três pontos separam a equipe do líder Avaí. No Botafogo, quarto colocado com 14 pontos, as pretensões não são diferentes.
O técnico Jair Picerni escalou o Palmeiras com dois desfalques: o volante Fábio Gomes e o zagueiro Leonardo, ambos no departamento médico. Por pouco o time ainda não ficou sem o goleiro Marcos e o lateral-direito Alessandro, que se lesionaram no treino de quinta-feira, mas se recuperaram a tempo de jogar.
Apesar de toda a tradição em campo, Picerni insiste que não se trata de um clássico. Não na segunda divisão. Vai ser um jogo muito brigado. Os dois times têm tradição e estão crescendo no campeonato, mas não é um clássico. Seria se fosse pela Série A, mas é justamente para isso que entramos em campo: para ganhar a vaga para a primeira divisão.”
Do lado botafoguense, a chance de enfrentar um grande rival é motivo de ânimo para o técnico Levir Culpi. “É o jogo mais esperado da competição. Será um duelo interessante, com muita motivação de ambos os lados, e acredito que o Parque Antarctica estará lotado”, diz Levir, que ainda não se conforma com o fato de Botafogo e Palmeiras terem caído para a segunda divisão.