Emoção total

Clássico dos Italianos decide Suburbana pela oitava vez

Ex-Coritiba e Paraná Clube, Léo Gago defende as cores do Iguaçu. Foto: Arquivo

Rivalidade? Grêmio e Internacional? Corinthians e Palmeiras? Flamengo e Vasco? Atlético e Coritiba? River Plate e Boca Juniors? Nada disso. Iguaçu e Trieste. Santa Felicidade vai parar nos próximos dois (talvez três) sábados, datas das finais da Série A do Campeonato de Futebol Amador de Curitiba, a nossa Suburbana. Até quem não gosta de futebol, mas vive na região de maior influência italiana na capital, estará envolvido com a grande festa. O primeiro ato será neste sábado (1), às 16h30, no estádio Francisco Muraro, a casa do Trieste.

Por trás das linhas modernas do que se chamou recentemente de Trieste Stadium, reside uma tradição histórica. Há 71 anos começou a trajetória do Campeoníssimo, no terreno adquirido por quatro contos de réis e fundado por diversas famílias, entre elas a Muraro. Nos últimos tempos, o sobrenome mais ligado ao Trieste é o Stival, graças ao investimento feito por lá e que fez do clube um celeiro de revelações para o futebol brasileiro. Mas o que empolga os moradores de Santa Felicidade é o time amador, que detém o maior número de títulos entre os participantes da Suburbana.

Revelado pelo Coritiba, Rodrigo Mancha agora joga pelo Trieste. Foto: Arquivo
Revelado pelo Coritiba, Rodrigo Mancha agora joga pelo Trieste. Foto: Arquivo

Para conquistar o 13º título, a aposta do time que carrega as cores da Itália (vermelho, branco e verde) é no trabalho do técnico Ivo Petry, que já foi considerado o “Vanderlei Luxemburgo” do futebol amador, por conta do toque de Midas em vários títulos, e em um grupo de jogadores liderados por Rodrigo Mancha, aquele ex-Coritiba, e por outras caras conhecidas como o goleiro Júnior, o zagueiro Linno, o volante Luís Henrique Camargo e o centroavante Rodrigo Tosi.

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Do outro lado, a metade alvinegra de Santa Felicidade tenta o 11º título – os dois rivais são os maiores campeões da Suburbana. O Iguaçu completa ano que vem 100 anos, e foi fundado por um grupo de italianos liderados por Egydio Ricardo Pietrobelli, hoje o nome do estádio que recebe a partida de volta da final, no dia 8, o sábado da outra semana. Apesar de ter duas taças a menos do que o rival, o Galo tem a vantagem nas decisões em confronto direto – em sete finais contra o Trieste, cinco conquistas, a última no ano passado.

E o Iguaçu não fica atrás em nomes conhecidos. A começar o do treinador, o ex-lateral do Atlético Luisinho Netto. Em campo, a grande estrela é Léo Gago, com passagens por Paraná Clube e Coritiba. Mas também vestem a camisa alvinegra o zagueiro Aderaldo e até um nigeriano, Samuel Akhabue. Como se nota, os dois times têm atrações suficientes para quem gosta de futebol acompanhar esta decisão. Além de tudo, é o Clássico dos Italianos. E só isso já valeria o ingresso.

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