Paraense de criação, o volante Chicão adotou um estilo “mineirinho” para ganhar seu espaço no time. Mesmo tendo boas passagens recentes por clubes como Vitória-BA e Ceará-CE, o jogador estava atuando no interior de seu estado natal antes de ser contratado pelo Tricolor.

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Num início de temporada marcado pela busca por uma formação ideal, Chicão sempre foi tratado com opção de banco. A necessidade, porém, fez com que uma chance real surgisse, atuando improvisado como zagueiro. A partir daí, precisou de poucos jogos para ganhar a confiança da comissão técnica.

A estreia de Chicão com a camisa tricolor ocorreu logo na segunda rodada do Paranaense. Ele entrou no intervalo do jogo frente ao Engenheiro Beltrão, na vaga de Elvis.

Apesar da goleada (4×0) imposta ao lanterna do Estadual, Chicão seguiria no banco, sequer entrando nos jogos seguintes. A primeira real oportunidade só viria na 5.ª rodada, quando Marcelo Oliveira passou a conviver com problemas na formação defensiva do time. Com zagueiros ora suspensos ora lesionados, Chicão foi escalado na posição. E não decepcionou.

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O até então volante, foi titular por seis jogos seguidos, sempre como zagueiro. Neste período, o Paraná sofreria uma única derrota (para o Atlético). “Futebol é assim mesmo. A oportunidade surge quando você menos espera e por isso é importante estar sempre bem preparado, física e tecnicamente”, disse o jogador.

Chicão lembra que em outros clubes, situações parecidas ocorreram. “Quando cheguei no Vitória, também havia desconfiança. Mas, tive bom desempenho, o time encaixou e a gente subiu para a Série A”, recorda.

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O jogo de amanhã, contra o Serrano, é especial para o jogador. Recuperado de uma lesão no rosto (ocorrida no clássico contra o Coritiba) e após cumprir suspensão, ele retorna à equipe. Mas, agora, na sua, como cabeça-de-área.

“Foi legal ajudar o time ali na zaga. Mas, gosto mesmo de jogar na minha”, comentou o volante. O jogador teve este “gostinho” por apenas 12 minutos contra o Coritiba.

Naquele jogo, Marcelo Oliveira começou a modificar a estratégia do time e posicionou Chicão como primeiro volante. Mas, num choque com o adversário, ele sofreu um profundo corte no rosto e foi substituído por Edimar.

“Estou retornando numa verdadeira decisão”, lembrou Chicão. “Este jogo é chave para o nosso futuro e, mesmo fora de casa, temos que impor o ritmo e vencer”. Diante desse quadro, o jogador nem se importa com uma eventual sobrecarga, já que o time terá um meio-de-campo menos “pegador”. “O importante é dar sustentação ali atrás para que a turma do meio e do ataque resolva”, arrematou o volante, confiante em um bom desempenho do time nas três rodadas que definirão os oito finalistas do Paranaense-2010.