Chibana vacila diante de japoneses e fica sem medalha

Dois japoneses impediram Charles Chibana de conquistar a primeira medalha para o judô masculino brasileiro no Mundial do Rio. Nesta terça, o jovem de 23 anos venceu quatro lutas por ippon na fase de classificação, mas foi pouco defensivo nos dois combates decisivos e perdeu a medalha de bronze para o japonês Masaaki Fukuoka. Na semifinal, foi derrotado por Masashi Ebinuma, com um golpe a 20 segundos do fim da luta.

Na disputa pelo bronze, Chibana, sétimo do ranking mundial, começou mais agressivo e chegou a comemorar a medalha quando a árbitra deu comando de ippon. O juiz de vídeo, porém, retirou a pontuação e deu wazari. Pouco depois, o contrário. A árbitra apontou yuko para o japonês, vice-campeão asiático, e a mesa aumentou o golpe para um wazari. Abalado, o brasileiro vacilou e acabou recebendo um ippon, a 1min46 do fim da luta.

Charles é o mais velho dos três primos Chibana que defendem a seleção brasileira (ele é acompanhado de Gabriela e Mike). Aos 23 anos, ele virou número 1 do País na categoria até 66kg ao vencer o Grand Slam de Moscou, última competição antes do Mundial. Assim, ganhou o direito de defender o Brasil no Rio. Luiz Revite, que até então era o titular da seleção, foi convocado mesmo assim e perdeu logo na sua estreia no Maracanãzinho.

Chibana teve uma ótima manhã no Mundial, vencendo quatro lutas, todas elas por ippon, num total de seis minutos de 42 segundos. Mas não resistiu ao japonês Masashi Ebinuma, oitavo do ranking mundial, na semifinal, já na parte da tarde.

O brasileiro começou a luta mais agressivo e conseguiu que o rival fosse punido. Com essa vantagem, controlou o combate, buscando sempre a luta de chão, para imobilizar o japonês. Ele só não contava que, a 19 segundos do fim do tempo regulamentar, Ebinuma fosse conseguir um wazari. Com Chibana no chão, o asiático ainda foi para a finalização e conseguiu o ippon.

CAMPANHA – Chibana estreou bem no Maracanãzinho vencendo Israel Verdugo, do Equador, em 2min32. Voltou ao tatame contra Patrick Gagne, do Canadá, e, em 1min45, teve tempo para um wazari e um ippon.

Com 1min50 de luta contra o israelense Tal Flicker, estrangulou o rival e conseguiu mais um ippon. Já o russo Pulyaev Mikhail, durou apenas 35 segundos até ser levantado até a altura do ombro de Chibana e jogado de costas no chão.