Cheques voam no Sul

Porto Alegre – O Ministério Público do Rio Grande do Sul vai pedir à polícia que investigue mais antes de denunciar à Justiça os envolvidos no caso do desvio de cheques da International Sport Leasure (ISL) ao Grêmio, ou pedir o arquivamento do caso. Ao anunciar a necessidade de novas investigações, ontem, o promotor Ivan Melgaré disse que necessita esclarecimentos do síndico da massa falida da ISL, Thomas Bauer, e de mais uma testemunha ligada aos negócios do clube gaúcho à época do estelionato. Os cheques foram emitidos pela ISL em 10 de agosto de 2000 e destinavam-se ao pagamento de multas rescisórias aos clubes de origem dos jogadores Astrada, Amato e Paulo Nunes, contratados pelo Grêmio. Dois deles, de valores idênticos de R$ 125.503,00 iriam para o River Plate e o Palmeiras. O terceiro, de R$ 304.793,00, deveria ressarcir o Rangers, da Escócia. Depois da falência da empresa, o síndico Bauer rastreou as operações e descobriu que nenhum dos clubes recebera o pagamento.

Apesar de não chegar ao seu destino, o dinheiro também não entrou nos cofres do Grêmio. Os cheques eram nominais ao Grêmio, mas foram endossados e depositados em contas de doleiros.

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