Champanha para tirar o Tcheco do Coritiba

O caso Tcheco parece estar perto do final. Mas isso não significa que a resolução dele já seja conhecida – muito pelo contrário: o meio-campista pretende ficar no Coritiba, só que reconhece a existência de uma proposta do futebol francês que poderia lhe dar a independência financeira. Para um jogador de 26 anos, nada mais normal, e por isso o pretenso interesse do Troyes acaba ‘balançando’ Tcheco, e agitando a já bastante trepidante novela da renovação de contrato.

Espérance Sportive Troyes Aube Champagne. Esse é o nome oficial do Troyes, clube da Ville de Troyes, cidade distante 200 km de Paris, e que fica na charmosa região de Champagne. O clube (no momento o penúltimo lugar do campeonato francês) já foi visitado pelo presidente de honra do Malutrom Joel Malucelli, quando os masters do clube fizeram a última excursão à Europa, há alguns meses. Foi nessa viagem que começou-se a conversar sobre possíveis negociações – a princípio da dupla Tcheco e Rodrigo Batata, que está no Portimorense (Portugal).

O negócio duplo não vingou, mas os franceses se interessaram pelo destaque coxa no Brasileiro, mas não surgiu até agora a proposta de compra do passe – única possibilidade real de saída de Tcheco do Alto da Glória. “Estou esperando a posição do Joel e do Juarez (Malucelli, presidente do Malutrom)”, diz o meio-campista, que já acertou suas bases salariais com o Coritiba. “Por enquanto só tivemos sondagens. Enquanto não recebermos nada oficial, não podemos ficar contando com propostas”, resume Joel Malucelli. “Nós não fomos informados de nada. Conversei com o Tcheco e ele me deu boas esperanças. Acho que não teremos problemas”, afirma o secretário coxa Domingos Moro, que propôs um contrato de três anos para o meio-campista.

Só que uma proposta internacional como essa agita qualquer jogador. As ofertas anteriores (de um clube da Suécia, do Spartak Moscow e do Lokomotiv Moscow) não atraíram Tcheco, por serem de equipes distantes do eixo do futebol mundial. Essa, vinda de um clube francês emergente, que disputa a primeira divisão de seu país, fez com que o pensamento do jogador voasse para a Europa. “Existe também o interesse de um clube espanhol”, aponta o presidente de honra do Malutrom.

Mas Tcheco é consciente, e fala como se tudo estivesse em um condicional distante. “Eu estou pensando no Coritiba. Foi aqui que eu consegui a grande chance da minha carreira, e não vou abandonar o clube”, garante ele, que recusou uma proposta financeiramente melhor da Ponte Preta, além do interesse do Internacional e do Cruzeiro. Como aliado, o próprio Malutrom. “Que fique claro que se o Tcheco ficar no Brasil, a preferência é toda do Coritiba”, afirma Joel Malucelli, para depois completar. “Mas vamos esperar até o final do contrato para ver o que há de propostas. Depois vamos sentar e decidir com ele o que é melhor”, finaliza.

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