Celtics e Lakers abrem decisão da NBA nesta quinta

Começa nesta quinta-feira (5) a final da NBA mais aguardada deste século. Boston Celtics e Los Angeles Lakers, os dois times de basquete mais vencedores da história da liga norte-americana, iniciam a partir das 22 horas (de Brasília), no Boston BankNorth Garden, um duelo que desperta a atenção no mundo inteiro. Segundo a organização do evento, o jogo será transmitido para 215 países – número maior do que os 192 filiados à ONU. A expectativa é que quase um bilhão de pessoas assistam ao jogo.

"Quando paro e penso que o mundo todo estará de olho no que faremos em quadra, me assunto. É simplesmente impressionante essa sensação", disse Ray Allen, do Celtics, time que é o recordista de títulos, com 16 conquistas, mas que não é campeão desde 1986 e não ia à final desde 1987. O Lakers é a segunda equipe com mais troféus: 14. Juntos, os dois conquistaram quase 50% dos campeonatos disputados desde 1946. Daí a legião de fãs que arrastam pelo mundo.

"Fico feliz de saber que a Espanha está torcendo por mim", disse o catalão Pau Gasol, pivô do Lakers e um dos maiores expoentes da globalização da NBA, iniciada com a era Michael Jordan, a partir do fim dos anos 80. Antes disso, a liga era um assunto doméstico. E quem mandava nela eram o Celtics de Larry Bird e o Lakers de Magic Johnson. "É uma rivalidade de muita história, mas temos que nos manter focados nesta partida porque nós também estamos prestes a fazer história", disse Gasol.

Simpático, o espanhol chegou a posar nesta quarta (4) com uma camisa da seleção brasileira de futebol, a pedido de um jornalista brasileiro. "Gosto do Robinho, mas sou torcedor do Barcelona", esclareceu o gigante, nascido na Catalunha.

Outro amante de futebol é Kobe Bryant, o principal astro do Lakers e melhor jogador da temporada regular da NBA. A paixão pelo esporte começou durante sua infância na Itália, onde seu pai jogou basquete por alguns anos. Nesta quarta, em italiano fluente, Bryant atendeu à imprensa brasileira e afirmou que pretende dar um jeitinho na sexta-feira (6) de ir até o Gillette Stadium para assistir ao amistoso da seleção de Dunga contra a Venezuela.

"Meu jogador predileto é o Ronaldinho", disse Bryant, que não chegou a se desanimar quando informado que o jogador do Barcelona não foi convocado. "Vou tentar assistir ao jogo". Atletas patrocinados pela Nike, Kobe e Ronaldinho Gaúcho chegaram a se encontrar numa turnê européia da NBA, em 2006.

Com 29 anos, Bryant recebe US$ 18 milhões de dólares por temporada (cerca de R$ 29 milhões). O maior salário da NBA, porém, joga com o uniforme alviverde: Kevin Garnett, US$ 23 milhões anuais (cerca de R$ 37 milhões). Eles superam de longe o jogador mais bem pago pelo Milan, o meia Kaká, que recebe 6 milhões de euros, pouco mais de R$ 15 milhões.

Bryant conquistou o tricampeonato com os Lakers entre 2000 e 2002. Garnett nunca foi campeão. "Mas não existe rivalidade entre nós", disse o jogador do Boston. "Esta é uma final entre Celtics e Lakers". Mais uma, na verdade. Os dois times já se enfrentaram em decisões dez vezes. Em oito, o Boston levou a melhor. Mas em sua última final, em 1987, o time de Larry Bird foi derrotado pelo Lakers.

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