CBVela define critérios para escolher últimos convocados para a Olimpíada

Depois de anunciar, em momentos diferentes, os representantes do Brasil em sete classes dos Jogos Olímpicos do Rio, a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) definiu como será a parte final do processo seletivo para as três classes restantes. A principal novidade é a abertura da corrida para todos os barcos nacionais Nacra17, na 470 Masculina e na 49er.

A Nacra17, obrigatoriamente mista (o barco precisa ter um homem e uma mulher), estreia no programa olímpico no Rio. Mas nenhuma das diversas duplas formadas ao longo do ciclo demonstrou resultados que as gabaritassem para estar nos Jogos.

Uma nova esperança foi criada depois que a CBVela anunciou Fernanda Oliveira/Ana Barbachan, em maio, como convocadas para a 470 Feminina. A carioca Isabel Swam, preterida, migrou para a Nacra17 e formou dupla com o gaúcho Samuel Albrecht, que vinha velejando com Geórgia Rodrigues.

O Conselho Técnico da Vela havia estipulado, no início de 2014, 11 eventos de cada classe cujos resultados seriam avaliados para escolher os convocados. Isabel e Samuca não participaram juntos dessas competições, mas entram no páreo para a Olimpíada, uma vez que a corrida começa do zero agora.

Na Nacra17, irá à Olimpíada o barco que tiver menos pontos na soma das classificações gerais do Campeonato Sul-Americano (de 8 a 11 de dezembro) e da Copa Brasil de Vela (15 a 20 de dezembro), ambas na Baía de Guanabara. Em caso de empate, vai à Olimpíada quem chegar na frente na Copa Brasil.

Nas outras duas classes em aberto, os Mundiais valerão como seletiva. Na 470 Masculina, terá vaga na Olimpíada o barco que terminar entre os 15 primeiros colocados o Mundial de Haifa (Israel), entre 10 e 17 de outubro, desde que o melhor concorrente tenha mais do que dobro da colocação. Se uma das duplas for 10.ª colocada, fica com a vaga se a outra for 21.ª ou pior.

Caso nenhuma dupla consiga atingir tal critério, o Conselho Técnico da Vela vai se reunir para tentar escolher entre as duas duplas com melhores resultados no ciclo: Geison Mendes/Gustavo Thiesen e Henrique Haddad/Bruno Bethlem. Caso não haja unanimidade, a Copa Brasil de Vela valerá como seletiva final.

Na 49er, masculina, vale o mesmo critério da 470. Mas, nessa classe, foi também criada a possibilidade de classificação direta se um dos barcos for o melhor do País tanto no Mundial (entre 16 e 21 de novembro) quanto no Sul-Americano (5 a 8 do mesmo mês), ambos em Buenos Aires.

Mas, diferente da 470 Masculina, não há a possibilidade de a escolha ser por critérios técnicos, uma vez que um dos concorrentes, Marco Grael, é filho do diretor-técnico da seleção, Torben Grael. Seu tio, Lars, também está no Conselho. Por isso, a Copa Brasil passaria a ser a seletiva final, decidindo entre Marco Grael/Gabriel Borges e Dante Bianchi/Thomas Lowbeer.

JÁ CONVOCADOS – Nas outras classes, o Conselho Técnico já apontou os convocados, uma vez que já estava muito claro quais eram os melhores barcos. Foram chamados Jorge Zarif (Finn), Bimba (RS:X Masculina), Patrícia Freitas (RS:X Feminina), Robert Scheidt (Laser), Fernanda Decnop (Laser Radial), Martine Grael/Kahena Kunze (49erFX) e Fernanda Oliveira/Ana Barbachan (470 Feminina).

Voltar ao topo