CBT busca recursos para ter Larri

Camboriú – Sem dinheiro, ainda, para colocar em prática um plano abrangente para o tênis brasileiro, a Confederação Brasileira de Tênis vai precisar esperar até o dia 14 para anunciar oficialmente o nome de Larri Passos como novo técnico da Copa Davis. Numa reunião realizada na manhã de ontem, na Academia Larri Passos Tennis Pro, em Camboriú, o novo presidente da CBT, Jorge Lacerda Rosa, ouviu a proposta do treinador e saiu da sala satisfeito, porém, certo de que vai precisar de recursos financeiros.

"O plano apresentado pelo Larri é muito próximo do que buscamos para o tênis brasileiro", explicou Rosa. "Casa perfeitamente com o nosso espírito de ter uma cooperação de todos, com a participação de vários treinadores e jogadores. Mas nada disso se faz sem recursos."

O impasse tem de ser resolvido rapidamente. Afinal, no próximo dia 22, o Brasil precisará inscrever na Federação Internacional de Tênis (ITF), os jogadores e o capitão, para o confronto de 4 a 6 de março, diante da Colômbia, em Bogotá, válido pela primeira rodada do zonal americano, grupo II.

A CBT espera, inclusive, que com a força de um nome como o de Larri Passos, de um trabalho sério e competente, facilite a busca de patrocínio para o projeto apresentado pelo treinador. Se não conseguir nada até o dia 14, Jorge Rosa garantiu que não tem um plano "B".

"Não sei o que poderíamos fazer caso não dê certo com o Larri", admitiu Rosa. "Vamos reunir o pessoal do departamento técnico da CBT e procurar uma solução. Mas estou com muitas esperanças de que tudo dê certo para o Brasil enfrentar a Colômbia com o técnico que os próprios jogadores indicaram." Larri, como já havia advertido no dia anterior, em sua academia, não se deslumbra com o cargo de capitão do Brasil, como muitos outros treinadores brasileiros. Para ele, há outras coisas mais importantes. "Não quero ser apenas o técnico da equipe da Copa Davis", reafirmou. "Precisamos de um plano global para o tênis."

Sem entrar em detalhes, Larri contou já no dia anterior à reunião com Rosa que o plano para a Copa Davis, praticamente oficializa o que ela já vem fazendo há alguns anos, com trabalho de base, reuniões e seminários com treinadores, participação de juvenis na equipe e compromissos sérios de treinadores e jogadores, além de toda a estrutura.

BB investe R$ 47 mi em esporte

São Paulo – O Banco do Brasil divulgou ontem o valor total do seu investimento em marketing esportivo para 2005. Serão R$ 47 milhões, divididos entre tênis, vôlei, vôlei de praia, vela e futebol de areia.

A principal novidade é que o Banco do Brasil passará a patrocinar o tenista Ricardo Mello, número 2 do País. Ele se junta a Gustavo Kuerten, Flávio Saretta e Maria Fernanda Alves, que já contavam com o apoio do banco.

"Estou vivendo um momento muito especial na minha carreira. E só estava faltando um patrocínio. Essa parceria me dará muito mais tranqüilidade e segurança para seguir trabalhando e buscando bons resultados", afirmou Ricardo Mello, que está nos Estados Unidos, disputando o Torneio de Delray Beach, e assinou contrato com o Banco do Brasil até o final do ano.

O apoio do Banco do Brasil ao tênis se estende também aos torneios.

Eliminado

Campeão do Torneio de Delray Beach na última temporada, o brasileiro Ricardo Mel-lo viu a defesa de seu título nos Estados Unidos parar ontem no sul-africano Wesley Moodie, que venceu o confronto da segunda rodada por 2 sets a 0, com parciais de 6-4 e 6-4.

Saretta

Flávio Saretta também foi derrotado ontem. No torneio de Viña del Mar, no Chile, Saretta caiu na segunda rodada, diante do argentino Jose Acasuso, seu parceiro nas duplas, por 2 sets a 0, com parciais de 6/2 e 7/6.

Rosa diz que não criticou BB

São Paulo – Conhecido pela sua forte personalidade, o presidente da CBT, Jorge Lacerda Rosa, acredita que foi mal interpretado quando, em comunicado à imprensa, criticou o Banco do Brasil, divulgando que o fato de a instituição financeira patrocinar jogadores e eventos, não significaria investir no tênis brasileiro.

"Não estou comprando briga com ninguém", avisou Rosa. "Eu digo e repito, aplaudo a iniciativa do Banco do Brasil em patrocinar jogadores e eventos, mas acho que, como uma estatal, deveria apoiar também os projetos de base, de desenvolvimento do tênis nacional."

Rosa acha que a CBT, agora sem os escândalos da administração passada, deveria até servir como uma espécie de consultoria e dar o aval técnico para os investimentos do Banco do Brasil. "Como o Banco do Brasil está envolvido com o tênis, deveria fazer como na Confederação de Vôlei, e apoiar um programa abrangente, que até resultaria em beneficíos até ao maior evento do País, que é o Brasil Open. Mais uma vez quero deixar claro que acho elogiável a idéia de o BB estar em grandes eventos, mas não se pode esquecer a base."

Nos próximos dias, após o Carnaval, Rosa espera contar com a apoio do ministro dos Esportes, Agnelo Queiroz, para reunir-se com os diretores do Banco do Brasil e buscar este tipo de apoio, como os programas tênis comunitário, acompanhamento médico a todos os tenistas, unificar todas as federações em um único sistema de informática e desenvolver o tênis em todo o País."

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