Cavalieri diz que torcerá por retorno rápido do Palmeiras

Apesar da demora na primeira convocação pela seleção brasileira, a estreia do goleiro Diego Cavalieri, do Fluminense, contra a Argentina no jogo decisivo do Superclássico das Américas, nesta quarta-feira, às 22h, em Buenos Aires, foi premiada com a titularidade.

“Acho que tudo tem momento certo, hora certa. É saber trabalhar e esperar o seu momento. Sempre trabalhei e fiz o meu melhor. Apareceu agora”, disse Cavalieri durante coletiva no CT do Corinthians, em São Paulo, onde a seleção treinou antes de embarcar para a Argentina.

Destaque do atual campeão brasileiro, Cavalieri foi o único jogador entre os 19 convocados pelo técnico Mano Menezes que já foi confirmado como titular para a partida no estádio La Bombonera. “Não tenho a formação para passar. Vou confirmar aos jogadores na reunião da noite”, disse o treinador.

Como venceu o jogo de ida por 2 a 1, em Goiânia, o Brasil precisa apenas de um empate amanhã para conquistar, pela segunda vez, o troféu criado em 2011.

Cavalieri afirmou não ter ficado ansioso com a demora na convocação. “Nunca fiquei ansioso, questionando o porquê deixava de ser convocado. Sempre administrei da melhor maneira, fazendo meu trabalho para quando surgisse a oportunidade e com a consciência de que a concorrência é muito forte e que o Brasil tem excelentes goleiros”, disse.

Ele assume a vaga do goleiro Jefferson, do Botafogo, que já foi convocado 26 vezes por Mano e foi titular nos três confrontos do Superclássico. No jogo de ida, inclusive, o botafoguense foi o capitão do time.

Embora admita a enorme responsabilidade de estrear numa decisão contra a Argentina, Cavalieri minimizou a pressão característica do jogar no estádio do Boca Juniors, onde ele atuou duas vezes este pelo Fluminense contra o clube argentino pela Copa Libertadores.

“É um estádio que tem uma história no futebol. Tive a oportunidade de jogar lá duas vezes esse ano e vi como é difícil e complicado. Tem uma atmosfera maravilhosa. Mas tudo isso fica fora de campo, não interfere nada”, disse Cavalieri, que tem uma vitória por 2 a 1 e uma derrota por 1 a 0 na arena rival.

Palmeiras

De volta a São Paulo para os treinos de ontem e hoje pela seleção, Cavalieri aproveitou para manifestar solidariedade pelo rebaixamento do Palmeiras, clube onde jogou por 13 anos e saiu vendido para o futebol inglês.

“Tenho muitos amigos lá e passei por isso em 2002, sei o quanto é difícil. Há duas semanas jogamos contra eles e era nítido o abatimento e a tristeza depois da partida. Agora é torcer para que eles possam administrar isso, fazer uma excelente Série B e voltar à elite do futebol”, disse.