A Corte Arbitral do Esporte (CAS, na sigla em inglês) adiou nesta quinta-feira para o final de abril a sua decisão sobre o polêmico caso da atleta sul-africana Caster Semenya, que quer invalidar uma regulamentação fiscal para atletas do sexo feminino que produzem naturalmente uma grande quantidade de testosterona.

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Ao final de uma semana de audiência, em fevereiro, a CAS, jurisdição suprema em questões esportivas, anunciou que tornaria pública a sua decisão “antes de 26 de março”. Mas nesta quinta-feira a corte, que tem sede em Lausanne, na Suíça, anunciou que “da audiência de 18 a 22 de fevereiro, as partes entregaram documentos complementares e decidiram adiar a decisão até o final de abril”. “Nenhuma data precisa foi definida ainda”, disse o órgão em um comunicado.

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A CAS analisou por uma semana o recurso da campeã sul-africana contra o novo regulamento da IAAF (Associação Internacional de Federações de Atletismo, na sigla em inglês), que impõe às mulheres hiperandrógenas.

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Hiperandrogenismo é um distúrbio endócrino comum das mulheres em idade reprodutiva caracterizada pelo excesso de andrógenos como testosterona, afetando entre 5% e 10% das mulheres.

Atual campeã mundial dos 800 metros, Caster Semenya espera defender o seu título em Doha, no Catar, entre os dias 28 de setembro e 6 de outubro deste ano – já ganhou em três oportunidades (Berlim-2009, Daegu-2011 e Londres-2017). A sul-africana é também bicampeã olímpica na mesma prova ao ganhar a medalha de ouro em Londres-2012 e no Rio-2016.