Capitão Nascimento deixa o Coritiba

Jogador mais identificado com o Coritiba e capitão do time nas últimas temporadas, o zagueiro e volante Reginaldo Nascimento está se despedindo do Alto da Glória. A diretoria alviverde afirma que o atleta negocia com o Goiás e mostra pouco interesse em renovar seu contrato, que vence no final do ano.

O diretor de futebol Almir Zanchi diz que o Coxa não tem condições de cobrir a proposta do Goiás. ?Os valores são altos e possivelmente o Nascimento não fique conosco. Tanto que já estamos contratando outros jogadores?, falou o dirigente, que já trouxe o zagueiro Márcio Giovanini. No ano passado, Nascimento já havia sido sondado pelo Goiás, mas acabou renovando com o Coxa após demorada negociação. Em 2006, o time do Centro-Oeste, comandado pelo técnico Geninho, disputará a fase preliminar da Copa Libertadores-2006.

Questionado sobre a situação do meia Jackson e do meia-atacante Caio, cujos contratos também terminam em 31 de dezembro, Zanchi afirmou que o Coxa fez propostas a ambos e aguarda resposta. No caso do zagueiro, a situação é diferente. ?Deixamos Nascimento livre para negociar com outras equipes?, falou Zanchi.

O jogador, que passa férias em Anápolis (GO), sua cidade natal, e disse ter passado os últimos dias sem atender telefonemas, tem outra postura. Nascimento negou qualquer negociação com o Goiás e garante que a prioridade é ficar no Coxa. ?A vontade do coração é de permanecer. Soube através de amigos que a diretoria teria me procurado. Não sei qual o projeto do clube, mas sempre tive liberdade e fiz as coisas às claras?, falou o jogador, que irá aguardar um contato do departamento de futebol alviverde.

Nascimento, que em novembro completou 31 anos, está no Coxa desde 1997 – neste período, esteve ausente apenas em 2000, quando defendeu o Bahia. Desde que voltou, virou dono da braçadeira de capitão e um dos jogadores mais valorizados pela torcida por seu estilo raçudo. Mas o rebaixamento à Série B parece decisivo para encerrar o ciclo do atleta com a camisa alviverde. Além da vontade da diretoria de renovar o elenco para adequá-lo à dureza da Segundona, conta em desfavor de Nascimento seu patamar salarial, considerado alto demais para os novos padrões do clube.

Coritiba engrossa o Bloco dos cinco

Dirigentes do Coritiba, Atlético-MG, Portuguesa, Guarani e Sport já se reuniram duas vezes desde o fim do Brasileirão. Hoje, na sede do C13, em São Paulo, terão a companhia do presidente da entidade, Fábio Koff, que se empenha em ajudar os filiados a atrair patrocínios para o torneio do ano que vem.

O problema é que a CBF deu prazo até 15 de janeiro para os clubes da Série B conseguirem dinheiro suficiente para bancar o torneio com turno e returno e pontos corridos (ou seja, 38 rodadas). Neste caso, FBA (Futebol Brasil Associados), entidade que representa os 20 times da Segundona, garante que quatro equipes subirão à 1.ª Divisão. Se a grana não vier, o campeonato deve ter os mesmos moldes de 2005 -turno único, com oito classificados à segunda fase e, possivelmente, apenas duas vagas na elite. Também há proposta de acesso de três clubes e queda de outros três.

Daí o grande interesse do ?Bloco dos Cinco?, que conta com sua popularidade para atrair investidores – incluindo emissoras de TV. A investida é intermediada pela empresa Sport Promotion, especializada em marketing esportivo. ?As negociações ainda estão no início. Idéia é juntar forças entre filiados ou não ao Clube dos 13 para viabilizar economicamente o formato de turno e returno?, disse o vice-presidente coxa-branca. Segundo André, os cinco membros do C13 não falaram em cotas diferenciadas – tradicionalmente, a FBA divide a bolada igualmente entre todos os participantes da Série B.

O Coritiba une forças com os demais representantes do Clube dos 13 na Série B para viabilizar um torneio atraente em 2006. Hoje, o vice-presidente André Ribeiro estará em São Paulo discutindo soluções econômicas para que a competição renda quatro vagas na Séria A de 2007.

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