Candidato da oposição critica gastos do Corinthians

O empresário Paulo Garcia oficializou nesta terça-feira sua candidatura à presidente do Corinthians nas eleições em fevereiro. Conselheiro do clube, Garcia disputa sua quarta eleição e representa a oposição ao grupo de Andrés Sanchez e Mário Gobbi. No lançamento da candidatura, realizado no Pacaembu, o empresário criticou a atual gestão.

“A administração Mário Gobbi deixou o clube numa situação extremamente ruim. Ele vai deixar o clube marcado pela incompetência. É uma gestão cheia de promessas, mas ninguém viu nada disso. Foram erros crassos de planejamento, um desmando total”, declarou o candidato.

Garcia disse que o principal erro da gestão de Gobbi foram as contratações milionárias e os gastos excessivos com salários fora da realidade do futebol brasileiro. O principal equívoco, na visão dele, foi contratar Alexandre Pato. Segundo ele, o clube gastou cerca de R$ 100 milhões, somando o valor que foi pago ao Milan e os salários do atleta.

“A questão do Pato custou aproximadamente R$ 100 milhões e o jogador não rendeu. Tem o Rodriguinho (meia), que custou R$ 4,5 milhões. E tem cerca de R$ 4 milhões pagos a atletas que não atuam mais no clube. É mais do que o clube recebe de patrocínio de camisa por mês”, afirmou.

NEPOTISMO – O candidato da oposição explicou a relação de seu irmão, Fernando, com o clube. Fernando Garcia é empresário e conselheiro do Corinthians, o que é proibido pelo estatuto do clube. Paulo admitiu que é uma relação “imoral”. Mas que seu irmão foi procurado pelo clube para emprestar dinheiro.

“Pelo estatuto, está errado, e eu não vou poupar meu irmão. Mas tem de perguntar isso para o Andrés e para o Gobbi. Ele (Fernando) não foi com uma arma na cabeça para emprestar dinheiro, ele que foi procurado. Se eu for presidente, não vai haver nepotismo. Negócio com família pode até ser legal, mas é imoral.”

SITUAÇÃO – O candidato da situação é o ex-diretor de futebol, Roberto de Andrade, que também já oficializou sua chapa. Ilmar Schiavenato, que participou da gestão Gobbi como diretor, lançou uma candidatura “alternativa”. Já o conselheiro Roque Citadini pode lançar uma outra chapa da oposição. As eleições serão disputadas no dia 7 de fevereiro.

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