Campeão da Série B perto da Arena?

O Atlético deverá anunciar nos próximos dias o nome de Édson Gaúcho como seu novo técnico. O profissional foi campeão da Série B pelo Criciúma, no sábado, e está dentro do perfil traçado pela direção rubro-negra para a temporada de 2003. A intenção é formar uma equipe baseada nos pratas-da-casa e diminuir o máximo o investimento para superar a crise que passa o mercado do futebol. Mas uma informação surgida sábado dá conta de que Levir Culpi poderia estar mais próximo do Atlético, depois de ter aceitado reduzir a pedida salarial.

Segundo apurou a Tribuna, as negociações teriam sido iniciadas na semana passada. “Dificilmente um técnico que sobe para a Série A permanece no time, comigo não deve ser diferente”, despista o treinador. Sem querer adiantar nada, ele diz que ainda vai conversar com a direção do Tigre, mas deverá mesmo deixar o clube catarinense ainda esta semana.

Quem dá a dica de que o rumo de Édson Gaúcho será mesmo a Baixada é o preparador físico Álvaro Andreis. “Só o que posso dizer é que estamos conversando com uma equipe que cresceu muito nos últimos anos”, disse à imprensa local. Mais conhecido como Titi, o preparador tem sido o fiel escudeiro de Édson Gaúcho e deverá acompanhá-lo em 2003 no próximo clube.

Além de ter levado o Criciúma ao título de campeão da segundona, Édson Gaúcho é um treinador emergente e está seguindo os mesmos passos do conterrâneo Luís Felipe Scolari. Os dois foram auxiliares de Ênio Andrade e campeões pelo Tigre (Felipão ganhou a Copa do Brasil em 1991 e Gaúcho a Série B em 2002). O pentacampeão mundial com a seleção chegou a gravar mensagens de apoio para o elenco do time catarinense antes da decisão contra o Fortaleza.

Além de ter o aval de Felipão, não será muito difícil para o Furacão tirar o técnico do Criciúma. Em Santa Catarina, Édson Gaúcho ganha cerca de R$ 12 mil mensais e, mesmo valorizado pela conquista de sábado, estaria dentro do padrão projetado pelo dirigentes atleticanos de pagar até R$ 40 mil por uma nova comissão.

No Atlético, o novo treinador não encontrará as presenças do meia Kléberson, dos atacantes Kléber e Alex Mineiro e, possivelmente, não terá também os laterais Alessandro e Fabiano e o zagueiro Gustavo. O desmanche faz parte da política de oxigenação do elenco e também para pagar o rombo no orçamento deste ano. Para o campeonato paranaense e Copa do Brasil, a base deverá ser formada pelos remanescentes desta temporada, reforçada pelos juniores que foram promovidos para os profissionais.

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