Campeã confirma presença na São Silvestre

Apesar de estar longe de suas condições físicas ideais, Maria Zeferina Baldaia decidiu, ontem, participar da São Silvestre, em São Paulo, na terça-feira. “Sou brasileira, guerreira e acho que não devo ficar de fora”, disse ela, após tomar a decisão. Sobre as suas chances na corrida, porém, não faz previsões tão otimistas, apenas enumera algumas possibilidades: “A corrida marca a minha volta, a retomada em competições, penso em ficar entre as cinco no pódio, mas não estou com 100% de minhas condições físicas.”

Para o seu técnico, Claudio Ribeiro, Zeferina está com apenas 60% de suas condições físicas, mas, apesar de achar que ela não deveria correr, acredita que o percurso de apenas 15 quilômetros da São Silvestre pode favorecer a corredora mineira, que reside e treina em Sertãozinho, na região de Ribeirão Preto. “É preciso ser realista, não sensacionalista: ela está sem ritmo de prova”, afirma Ribeiro, que, até o início da corrida, conversará com Zeferina sobre a estratégia a ser adotada.

De molho

Zeferina foi a campeã da São Silvestre no ano passado e se projetou no atletismo brasileiro, mas uma tendinite na perna esquerda, ainda no primeiro semestre deste ano, a afastou das pistas por três meses. Fez um “treinamento meia-boca”, como definiu, e venceu a Maratona de São Paulo, em julho. Porém, em Goiânia, caiu e torceu o pé esquerdo, o que a deixou três semanas parada. Retornou para disputar a Volta da Pampulha, em Belo Horizonte, onde foi a terceira colocada. Mas, no início de novembro, na SP Classic, foi a décima colocada e só terminou a prova a pedido do técnico Ribeiro.

A partir de então, a São Silvestre foi descartada. O objetivo era se preparar para conseguir o índice da maratona do Pan-Americano da República Dominicana, em 2003.

Africanos são favoritos

Ganhadores de oito edições na última década, os corredores africanos serão, mais uma vez, os destaques da Corrida de São Silvestre, dia 31 de dezembro, nas ruas de São Paulo. Desta vez, a “legião africana” deverá contar com 10 atletas, alguns com chances reais de vitória. O Quênia tem a maior delegação, com 6: Paul Kiriu décimo colocado no Mundial de Meia Maratona em 2002 e vencedor da Meia Maratona de Humarathon, na França; Robert Cheruiyot, campeão da Meia Maratona de Milão em 2002 e vencedor da Corrida de São Fernando em 2002; Felix Limo, detentor da melhor marca para os 15 quilômetros no mundo com o tempo de 41min29seg; David Cheruiyot, bicampeão da Volta da Pampulha, e John Gwaco, vencedor da Meia Maratona Internacional do Rio de Janeiro em 98. No feminino, a representante é Gladis Asiba.

A Etiópia, que detém o título de atual campeã no masculino, traz um jovem corredor, considerado mais uma promessa de seu país. Trata-se de Sihen Sileshi. Shadrack Hoff, da África do Sul, completa a relação dos africanos na São Silvestre.

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