Campanha anunciada desde o primeiro jogo

O Atlético realmente fez valer o rótulo de Furacão neste campeonato brasileiro. Desde a estréia, quando venceu o Grêmio por 2 a 0 e quebrou uma invencibilidade de 20 jogos da equipe gaúcha, já deu uma mostra do que ia desempenhar no brasileirão.

Com um ataque arrasador, foi vencendo um adversário atrás do outro de forma convincente e chegou ao término da fase classificatória na segunda colocação, oito pontos atrás do seu adversário desta final, o São Caetano. Além disso, venceu os quatro jogos da fase decisiva.

Apesar de terminar atrás do Azulão na primeira fase, o Rubro-Negro teve o mérito de terminar a fase inicial com o ataque mais positivo do campeonato, com 58 gols, dez a mais que o São Caetano. O ataque atleticano foi tão eficiente que mesmo nos jogos em que não atuavam os atacantes titulares (Kléber e Alex Mineiro), os suplentes imediatos (Ilan e Adauto) davam conta do recado. Prova disso foi a partida contra o Botafogo de Ribeirão Preto, em que os meninos reservas marcaram um gol cada e quebraram um tabu do Atlético de nunca ter vencido o Botinha, em Ribeirão.

Mas o Furacão também teve turbulências no campeonato. Teve a “novela” envolvendo o técnico Mário Sérgio e a diretoria do Furacão e após cinco jogos sem vencer, acabou juntando as malas e indo embora “atirando” contra o clube e deixando insinuações contra os jogadores.

Mas aí entra aquele ditado “há males que vêm para o bem”. Com a saída de Mário Sérgio chegou Geninho. Aí tudo mudou. No primeiro jogo dele no clube recuperou o caminho das vitórias derrubando a Portuguesa na Arena por 3 a 1.

E não parou mais. Levou o Atlético à incrível marca de 12 jogos invictos no nacional, feito nunca antes realizado. E se for comparar com os rivais daqui, a diferença é ainda maior. A superioridade atleticana foi tão grande sobre os “conterrâneos” que só para criar um parâmetro, o Paraná terminou em 14.º lugar e o Coxa em 17.º. Isso sem falar nos outros itens.

E na fase final o Furacão deslanchou. Realizou apresentações brilhantes contra São Paulo, Fluminense e o temido São Caetano. Criou heróis como o “iluminado” Alex Mineiro que entrou para a história do futebol brasileiro ao marcar três gols na semifinal e também na primeira partida da decisão, além do gol do título. Superou todos um a um sem saber o que é perder. E para encerrar deu de presente de Natal não só para a torcida atleticana como para o próprio clube a maior conquista em todos os seus 77 anos de existência: o campeonato brasileiro.

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