Caiu a ficha para dirigentes de times da segundona

Com a Divisão de Acesso em sua reta final, dirigentes dos clubes do interior divergem da forma como foi organizada a tabela do campeonato. A Federação Paranaense de Futebol (FPF) se defende, alegando que a entidade não foi procurada por ninguém para tentar amenizar a situação quando o torneio já estava em andamento.

A confusão é um reflexo do impasse ocorrido antes do início do campeonato. Para tentar evitar a disputa simultânea da Divisão de Acesso e a Série B do Brasileiro, o Paraná Clube chegou solicitar que o torneio fosse adiantado. No entanto, houve consenso de que a solução seria diminuir o tempo de disputa da Segundona paranaense.

O principal assunto questionado pelos clubes ocorreu no início do campeonato, quando algumas equipes, que se disseram desprevenidas sobre a tabela, tiveram sequências de partidas com rodadas antecipadas. “O ruim foram as antecipações de rodada, sem critério de horários, em dias alternados”, concluiu o presidente do Nacional, José Danilson. “Para isso, tem que ter um elenco maior de jogadores. Para um time do interior, é difícil em termos de recursos”, afirmou o presidente do Grêmio Metropolitano Maringá, Wagner Júnior Vinci. “(A organização do campeonato) não respeitou nenhum clube”, completou o presidente do Cascavel, Ney Victor.

Existe, ainda assim, um contraponto na opinião dos dirigentes pela alternância de jogos na tabela. “Atrapalhou bastante, mas a gente também entende, por causa do Paraná Clube”, disse o coordenador de futebol do Junior Team, Ariobaldo Frisselli. Em tom parecido, se pronunciou o presidente do Cincão, Gilberto Ponce. “Atrapalha um pouco pelo excesso de jogos (seguidos). Mas a competição se torna mais rápida. Se fosse mais longa poderia ter um custo maior com contrato de atletas com prazo mais longo”, amenizou.

O presidente da Federação paranaense de Futebol, Hélio Cury, afirmou que as reclamações de dirigentes dos clubes causaram surpresa. “Não foi o que falaram para mim. Quando foi feito o campeonato, foi falado um por um e ninguém reclamou nada. O prazo foi legal e o calendário também”, se defendeu.

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