Das quatro classes olímpicas da canoagem slalom, em três o Brasil ganhou medalha no Mundial Sub-23, que chega ao fim neste domingo no canal Itaipu, em Foz do Iguaçu, no Paraná. Depois do bronze de Felipe da Silva no C1 (canoa para um) no sábado, o Brasil voltou ao pódio com Ana Sátila faturando prata no K1 (caiaque para um) e a dupla Charles Correa/Anderson Oliveira ganhando o bronze no C2.

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O Mundial contempla as categorias júnior (até 18 anos) e sub-23, mas só nesta o Brasil ganhou medalhas, até porque competiu com sua seleção principal – só um atleta do adulto tem 24 anos, os demais são mais jovens. Depois que o Rio foi escolhido como sede dos Jogos de 2016, a confederação da modalidade (CBCa) começou a investir no slalom. Um técnico italiano foi contratado para comandar a seleção permanente, que passa boa parte do ano treinando fora do País e disputa todos os principais eventos do calendário.

Os resultados começaram a aparecer em 2012, quando Ana Sátila, aos 16 anos, foi a caçula da delegação brasileira nos Jogos de Londres. A menina foi bronze no Mundial Júnior de 2013, no C1 (prova que não é olímpica para mulheres) e ganhou o ouro no K1 (essa sim olímpica) no ano passado.

Em 2015, no seu primeiro ano como sub-23, estreou com uma expressiva medalha de prata neste domingo. Especialmente porque só ficou atrás da australiana Jessica Fox, campeã mundial adulta. E a diferença entre elas foi de apenas 3s14, ainda que a brasileira tenha se beneficiado de conhecer bem as nuances do canal.

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No C2, o nível técnico foi mais baixo, uma vez que só nove duplas se inscreveram, sendo três brasileiras e três argentinas. Dupla que representará o Brasil em 2016, Anderson e Charles terminaram a 2s06 dos campeões, poloneses. A prata foi para a Eslováquia. Os dois países europeus são dos que têm maior tradição na modalidade.

EQUIPES – Das quatro provas olímpicas, o Brasil só não ganhou medalha no sub-23 no K1 masculino, tendo que se contentar com um sétimo e um oitavo lugares. O grupo, entretanto, depois garantiu o bronze na disputa por equipes, que não consta no programa dos Jogos Olímpicos.

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