Brasileiros aprovam Baía de Guanabara em 1º dia de evento-teste

No primeiro dia do evento-teste de vela para os Jogos Olímpicos, neste sábado, os atletas tiveram de dividir a Marina de Glória – local onde as embarcações ficam guardadas – com operários que realizam as reformas na estrutura que vai receber a competição olímpica no ano que vem.

Segundo a velejadora brasileira Fernanda Decnop, da categoria Laser Radial, por causa das obras, as instalações temporárias instaladas especialmente para o evento-teste ficaram distantes umas das outras, tornando mais difícil o transporte das embarcações.

Alguns atletas, sem a vela, usavam bicicletas para a locomoção. O piso, feito de cimento, aumentava a sensação de calor principalmente para a parte dos velejadores que tinha de montar as embarcações em área sem cobertura no dia ensolarado que fez no Rio. “Temos de conviver com a obra. Este momento é importante para afinar a preparação”, avaliou o diretor de esportes do Comitê Rio-2016, Rodrigo Garcia.

O bicampeão olímpico Robert Scheidt minimizou a situação. “O que importa agora é se a comissão de prova está funcionando, se a prova está justa. E funcionou tudo bem”, considerou.

Outro ponto que os atletas avaliaram foi a qualidade da água da Baía de Guanabara, considerada satisfatória no primeiro dia de disputa. “A água está limpa o suficiente para praticar windsurfe”, explicou a polonesa Malgorzata Bialecka, da classe RS:X. “Mas meu médico me orientou a não mergulhar.”

O secretário estadual de Meio Ambiente, André Correa, explicou que estão sendo tomadas medidas para evitar que lixo flutuante atrapalhe os atletas, como a utilização de ecobarcos e ecobarreiras. “Nos pontos da disputa qualquer pessoa pode mergulhar”, afirmou. Correa disse também que vai se reunir com sua equipe para planejar testes diários de qualidade na água.

Quatro classes foram ao mar neste sábado, sendo duas masculinas (laser e RS:X) e duas femininas (Laser Radial e RS:X). Além de Scheidt, melhor brasileiro com o segundo lugar geral na Laser, e Fernanda (sexto lugar na Laser Radial), o Brasil foi representado por Patrícia Freitas (sexto lugar na RS:X) e Ricardo Winicki, o Bimba (oitavo colocado na RS:X).

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