Brasileiras avançam no Credicard Tennis Cup

Com poucas chances de jogar em casa, as tenistas brasileiras estão aproveitando bem a disputa do torneio de Campos do Jordão para ganhar pontos no ranking mundial e, especialmente, confiança na carreira. Sete tenistas do País já estão na segunda rodada do Credicard Tennis Cup, com US$ 25 mil em prêmios e pontos para o ranking da WTA.

As classificadas são Nanda Alves, Carla Tiene e Letícia Sobral (as três mais experientes), além das novatas Jennifer Widjaja, Teliana Pereira e Fernanda Hermenegildo. Também passou a veterana Dadá Vieira, com 32 anos, que se diz aposentada, mas ainda costuma arriscar umas raquetadas.

A partir de agora, todas terão testes bem mais difíceis pela frente. Até mesmo a número 1 do Brasil e cabeça-de-chave número 2 do torneio, a catarinense Nanda Alves, vai precisar ter cuidado. Joga com outra brasileira, Jennifer Widjaja, uma tenista de apenas 16 anos, mas muito consistente e de uma raça invejável.

Entre as outras, Fernanda Hermenegildo – campeã brasileira de 18 anos – joga com a principal favorita ao título, a holandesa Seda Noorlander. Dadá Vieira – que diz ter entrado no torneio por brincadeira: “Estava de férias em Campos” – agora terá de levar tudo a sério. Joga com a alemã Verena Beller com chances de seguir na competição. Teliana Pereira, que ganhou convite da organização -wild card -, pega a portuguesa Frederica Piedade. Carla Tiene duela com a alemã Annette Koub e Letícia Sobral enfrenta Anca Anastasu, da África do Sul.

Nos jogos de ontem, Nanda venceu Jessica Weyreuter (ARG) por 6/1 e 6/1, Widjaja derrotou Caroline Olmo (ARG) por 6/4, 4/6 e 6/0, Teliana Pereira passou por Marcela Evangelista por 6/2 e 6/4 e Dadá Vieira superou Marina Caiazzo (FRA) por 6/1 e 6/4.

Catarinenses denunciam a CBT

A Confederação Brasileira de Tênis tem um problema para resolver. Uma de suas filiadas, a Federação Catarinense, entrou na Justiça pelo direito de verificar as atas das assembléias de prestação de contas da CBT dos exercícios fiscais de 1999, 2000 e 2001, além dos documentos contábeis de 2002. Segundo Jorge Lacerda Rosa, o presidente da FCT, não foi encontrada nem a ata da reeleição do presidente da CBT, Nelson Nastás, de 2000.

Apesar de a sede da CBT estar em São Paulo, as ações estão correndo no Rio porque, segundo Rosa, foi lá que a entidade foi fundada, em 1954. “O mais estranho foi que a CBT se apressou em registrar em cartório as atas de 2001 e 2002 assim que entramos com a ação. Mas encontramos vários erros, como a falta de referência a uma dívida de R$ 147.305,00, relativa ao contrato de realização da Copa Davis de 2001 em Florianópolis”, afirma Rosa. “E o mais grave é que na correria foram esquecidas atas de 1999 e 2000”.

O juiz, afirma Rosa, já mandou citar o réu. Se a FCT ganhar a causa, Nastás pode ser destituído da direção da CBT e depois até responder civil e criminalmente.

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