Brasileirão de tiro longo, com turno e returno

Depois de 32 anos de existência, o campeonato brasileiro será disputado no sistema tradicional de turno e returno, em jogos de ida e volta e com pontos corridos. Fórmula simples, direta, que tem credibilidade e premia, sem casuísmos, o time mais eficiente. Não há fases intermediárias, foram banidas eliminatórias e o regulamento é fácil de entender. Os dois últimos, dentre os 24 participantes do grupo de elite, jogarão a segunda divisão em 2004. Seus lugares serão ocupados pelo campeão e pelo vice da série B. Serão oito meses até que se conheça o campeão a série B teve a estréia adiada e ainda corre o risco de ter o regulamento alterado período que pode tornar a competição enfadonha, caso os candidatos ao título se distanciem dos demais concorrentes.

Pronto, um parágrafo basta para resumir o formato de uma das mais importantes competições do mundo. Só isso não garante o sucesso. Para que dirigentes, torcedores e parte dos críticos se convençam de que o método ?tradicional? é viável, alguns aspectos precisam vingar.

O primeiro é o respeito às regras. Todos devem ter certeza de que o regulamento será mantido, sem viradas de mesa. Horários e datas também não podem ser trocados ao sabor de interesses de momento. Uma novela ou um domingão não valem mais do que o calendário da maior paixão nacional.

Mas ninguém deve iludir-se e achar que a maioria dos times estará na briga pelo título até o fim. A prática mostra que a corrida se concentra a três, quatro equipes de destaque. Ainda assim, o interesse pelas partidas será mantido, se os melhores forem premiados com vagas na Libertadores (como está previsto) e se os mais fracos caírem mesmo. A tendência então será de estádios com boa ocupação sempre e não só em semifinais ou finais, como normalmente acontece. Mas haverá respeito e paciência? O tempo dirá.

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