O começo foi animador. Vencendo o frio e a “chata” seleção do Canadá, o Brasil iniciou com vitória a fase final da Liga Mundial de Vôlei Masculino. A vitória por 3 sets a 1 (25/21, 17/25, 25/19 e 25/19), nesta terça-feira (4), na Arena da Baixada, coloca a seleção praticamente nas semifinais da competição, que acontecem na sexta (7). Com três pontos garantidos, a seleção nem precisa vencer a Rússia na quinta (6), às 15h. Basta vencer dois sets que a vaga está assegurada.
A seleção brasileira começou a partida percebendo que seria o alvo de todos os adversários. O Canadá claramente sabia como o Brasil iria jogar. Marcava a bola de entrada de rede, forçava o saque e não deixava nossa bola cair. Até o primeiro tempo técnico (vantagem dos visitantes em 8×3), nenhum ataque nosso tinha sido direto no chão. Só o sexto ponto foi “ponto mesmo” – e mesmo assim a cortada de Lucarelli desviou no bloqueio canadense.
Bruninho e o Brasil entraram no jogo quando o passe começou a chegar na mão do levantador. A bola de segurança da seleção é a de velocidade pelo meio, com Lucão e Maurício Souza, e no momento em que eles foram acionados a partida ficou mais equilibrada. Mas o Canadá já abrira quatro pontos de frente, e era preciso que eles também errassem. Só aconteceu perto do segundo tempo técnico, quando encostamos em 14×15.
O empate veio nos 17 pontos, e aí o fator casa fez a diferença. Com apoio da torcida e encaixando o bloqueio, a seleção abriu vantagem e fechou o primeiro set em 25/21.
Na segunda passagem, o equilíbrio foi a tônica. Até o Canadá abrir 13×10 numa sequência de erros não forçados da seleção, obrigando Renan dal Zotto a pedir tempo. Mas nem a parada resolveu. Os visitantes foram ampliando a vantagem, aproveitando-se das falhas do Brasil, principalmente no saque – fundamento em que o time mais se complicava, desde o início do jogo. E em um ataque para fora de Maurício Borges, o set se resolveu em 17/25.
O Brasil voltou a equilibrar as ações na terceira passagem, mas sofrendo demais para acertar a marcação das bolas rápidas do Canadá. As seleções trocaram pontos até os visitantes abrirem 10×8 e de novo Renan pediu tempo. O técnico brasileiro se preocupava muito com o passe, inclusive chegando a conversar com Tiago Brendle para uma possível troca de líbero com Thales.
Mas a seleção se recuperou. Melhorou principalmente no ataque, e assumiu a vantagem no segundo tempo técnico, com 16×15. Renan chegou a pedir o apoio da torcida, que estava meio desanimada – ou passando frio. Ao acertar o bloqueio das bolas de meio, o Brasil encaminhou a vitória, fechada em 25/19 num ace de Maurício Borges.
O quarto set já teve o Brasil dominante desde o início. Igualando as ações ofensivas e superando o Canadá no bloqueio, a seleção abriu vantagem. Wallace não era mais parado pelos rivais, e se tornava a melhor opção de ataque. Com Bruno cobrando mais entrega dos companheiros em quadra, a frente brasileira foi aumentando e na reta final foi possível até administrar a troca de pontos para fechar em 25/19.