Brasil no ataque, para garantir a vitória

O Brasil volta a campo hoje – às 21h50, no Pinheirão, em Curitiba – em busca de sua terceira vitória nas eliminatórias para a Copa do Mundo de 2006. O resultado garantiria a ponta da tabela de classificação neste fim de temporada.

A extensa competição só será retomada em março do ano que vem e a última rodada está programada para outubro de 2005. Calculista, o técnico Carlos Alberto Parreira frisa a importância de se “armazenar gordura” neste momento, para evitar sufoco, como aquele vivido pela própria seleção brasileira antes do Mundial da Coréia do Sul e do Japão.

Invicto, o time de Parreira tem mostrado em campo a mesma “frieza” de seu comandante. Sem muito brilho e com poucos gols, o Brasil vai trilhando o seu caminho rumo à 18.ª Copa, única seleção a participar de todos os mundiais. Se a base do grupo pentacampeão foi mantida, o time sofreu alterações e mesmo com um esquema teoricamente mais ofensivo, os artilheiros ainda não “despertaram”. Em três jogos, somente quatro gols marcados e as vitórias foram por diferença mínima (2×1 na Colômbia e 1×0 no Equador).

A falta de pontaria coloca a seleção brasileira no segundo lugar das eliminatórias, pois a Argentina leva vantagem no saldo de gols (6 contra 2). Mas, não são brasileiros ou argentinos que brigam, hoje, pela artilharia da competição. Cardozo (Paraguai) e Chevantón (Uruguai) já fizeram quatro gols cada. Se a Argentina conta com Pablo Aimar (3 gols) e Crespo (2), os atacantes do Brasil estão devendo. Kaká, Ronaldo, Ronaldinho Gaúcho e Rivaldo fizeram um gol cada. Muito pouco para o futebol brasileiro, cujo campeonato nacional tem média de 2,86 gol/jogo.

Talvez por isso, Parreira tenha decidido mudar um pouco o perfil do seu time. Quando o treinador aboliu o 3-5-2 – utilizado por seu antecessor Luís Felipe Scolari -esperava-se que a seleção brasileira se tornasse mais criativa. Só que ao formar o meio-de-campo com dois volantes tradicionais (Gilberto Silva e Émerson), a criação ficou limitada a Kaká, Rivaldo e, eventualmente, Zé Roberto. Situação que se agravou na última partida, quando os laterais pouco apoiaram. Por isso, o treinador decidiu “barrar” o experiente Émerson e dar uma chance para Renato. Ele vem entrando nas etapas finais dos jogos, dando maior mobilidade ao setor de meio-de-campo.

Parreira creditou à pressão da torcida adversária parte dos erros cometidos diante do Peru. “Faz muita diferença encarar um adversário motivado e empurrado por 80 mil torcedores”, frisou. O público desta noite não chegará sequer à metade do registrado em Lima (a capacidade do Pinheirão foi limitada a 31 mil torcedores para este jogo), mas a seleção brasileira conta com o apoio dos paranaenses para superar o Uruguai. Uma tarefa “delicada”, segundo Parreira. O treinador destaca a postura ofensiva da celeste olímpica, única equipe das eliminatórias sul-americanas a utilizar três atacantes.

Previsão é de campo pesado, mas sem chuva

Quem for assistir ao jogo entre Brasil e Uruguai, na noite de hoje, no Pinheirão, deve se preparar. Os sites que acompanham as mudanças climáticas têm informações dúbias. Enquanto no Climatempo a informação é que há 70% de possibilidade de ocorrência de chuvas durante o período, o Simepar revela que as chuvas devem se limitar à manhã, com o tempo permanecendo nublado à tarde e à noite céu com muitas nuvens.

Embora os portões se abram às 16h, o ideal para os torcedores é que programem sua chegada ao estádio para o início da noite, pois a possibilidade de chuva é menor. Como deve haver um declínio nas temperaturas, é bom levar casaco ou blusa leve.

Já o campo de jogo deve se apresentar pesado, pois a previsão é de chuva durante a madrugada e a manhã de hoje.

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